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Terça-Feira, 26 de novembro de 2024

Alagoas

Pediatra do Hospital da Criança de Alagoas orienta sobre riscos de queimaduras no período junino

Pediatra do Hospital da Criança de Alagoas orienta sobre riscos de queimaduras no período junino

(Imagem: Carla Cleto / Ascom Sesau/AL)

“Todo cuidado é pouco neste período junino para evitar queimaduras, e a ausência de cuidado pode custar a vida do seu filho”. O alerta, direcionado aos pais e responsáveis, é da pediatra Érica Didier, que atua no Hospital da Criança de Alagoas, unidade vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Além das comidas, trajes e danças típicas, as festividades juninas também são marcadas pelas fogueiras e fogos de artifício. Esse período é um ambiente propício também para queimaduras por líquidos quentes.

Para evitar que as crianças e os adolescentes sofram algum tipo de lesão na pele, a médica dá algumas instruções para a diversão sem riscos. “Não deixe as crianças brincarem perto de fogueiras. Se for soltar fogos de artifício, que seja perto de um adulto responsável. Isqueiros e fósforos não devem estar perto de crianças”, reforça a pediatra.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, três em cada dez vítimas de queimaduras no Brasil são crianças. Essas lesões representam a quarta causa de morte e hospitalização, por acidente, de crianças e adolescentes de até 14 anos no país, segundo a Sociedade Brasileira de Queimaduras. A maioria ocorre na cozinha e na presença de um adulto.

Caso o pequeno sofra alguma queimadura, é importante agir imediatamente. As instruções são retirar anéis, pulseiras e colares; tirar a roupa que está em contato com a lesão; colocar a superfície queimada embaixo da água corrente em temperatura ambiente até que a dor desapareça ou colocar compressas frias e limpas; oferecer um analgésico para a criança e levar no atendimento médico de emergência.

Outras dicas importantes são não colocar gelo nas queimaduras; não colocar nenhum tipo de pomada; não furar as bolhas; não colocar nenhum produto caseiro, como clara de ovo, pó de café, manteiga ou banha de galinha. Essas atitudes podem piorar e infeccionar a lesão.

A médica Érica Didier afirma que prevenir ainda é a melhor forma de evitar que o pior não aconteça. “Em muitos casos, o tratamento é muito doloroso, demorado e deixa marcas que podem durar para sempre. Os acidentes não ocorrem por acaso e a prevenção é a única medida eficaz”, afirmou.