Aguarde. Carregando informações.
MENU

Quarta-Feira, 27 de novembro de 2024

Brasil

Explosões em Brasília vão ser investigadas pela PF como ato terrorista

Explosões em Brasília vão ser investigadas pela PF como ato terrorista

(Imagem: Ton Molina/Reuters)

A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar as duas explosões que ocorreram em Brasília e causaram a morte de um homem na noite desta quarta-feira (13). O caso é investigado como ato terrorista, segundo informou o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues.

 A Lei Antiterrorismo, em vigor desde 2016, define como ato de terrorismo "usar ou ameaçar usar, transportar, guardar, portar ou trazer consigo explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos, nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa".

As duas explosões ocorreram em um intervalo de 20 segundos, na região da Praça dos Três Poderes. A primeira foi em um carro que estava no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados. A segunda, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), resultou na morte de Francisco Wanderley Luiz, dono do veículo.

O homem tinha residência fixa em Rio do Sul, em Santa Catarina, onde se candidatou a vereador pelo PL em 2020. De acordo com a PF, ele tinha alugado "há vários meses" uma casa em Ceilândia, a cerca de 30 quilômetros do local das explosões.

No imóvel, foram achados artefatos explosivos do mesmo tipo usado na Praça dos Três Poderes. No endereço ligado ao homem em Rio do Sul, a PF apreendeu um notebook e um pen drive.

A Polícia Federal e a Polícia Militar do Distrito Federal passaram a madrugada fazendo varredura na ára das explosões. Além do inquérito de terrorismo aberto pela PF, a Polícia Civil do DF também abriu uma investigação sobre o caso.

"O que justifica o inquérito para apurar o ataque terrorista é justamente o cunho político desse ato. Já concluímos a varredura por parte da PF no local onde houve a explosão", disse o diretor-geral da PF.
 
Carro foi encontrado com explosivos no estacionamento da Câmara — Foto: Reprodução

Carro foi encontrado com explosivos no estacionamento da Câmara — Foto: Reprodução

Tentativa de entrar no STF

 

Antes da explosão em frente ao STF, Francisco Wanderley Luiz tentou entrar no prédio. Ele jogou um explosivo embaixo da marquise do edifício, mostrou a um vigilante que tinha artefatos presos ao corpo, deitou-se no chão e acionou outro explosivo na nuca.

Até a última atualização desta reportagem, não haviam sido esclarecidos pontos como quem eram os alvos das explosões nem qual era a motivação do crime. Também não havia detalhes, por exemplo, sobre se o homem agiu sozinho ou com mais pessoas.

A Polícia Militar do Distrito Federal ainda fazia uma varredura no local na manhã desta quinta-feira (14). Por conta disso, as atividades no Supremo e na Câmara foram suspensas até o meio-dia. Já o Senado decidiu cancelar o expediente. O Planalto não havia informado se agenda de Lula seria mantida, até o início desta manhã.

LEIA TAMBÉM

Explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília — Foto: Arte/g1

Explosões na Praça dos Três Poderes, em Brasília — Foto: Arte/g1

Investigação de terrorismo em 2022

 

Em 2022, o bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, que na época tinha 54 anos, foi autuado em flagrante por terrorismo, após confessar ter montado um artefato explosivo que foi instalado em um caminhão de combustível, perto do Aeroporto de Brasília.

Investigações apontaram que ao lado de Alan Diego dos Santos Rodrigues, George Washington planejou um atentado à bomba nos arredores do Aeroporto de Brasília na véspera do Natal.

dupla foi condenada em 2º instância em 2023. George Washington recebeu a pena de 9 anos e 8 meses de prisão e, Alan, 5 anos de reclusão. Os dois continuam presos.

Os suspeitos de tentativa de atentado em Brasília Alan Diego dos Santos Rodrigues, à direita, e George Washington de Oliveira, à esquerda — Foto: Reprodução

Os suspeitos de tentativa de atentado em Brasília Alan Diego dos Santos Rodrigues, à direita, e George Washington de Oliveira, à esquerda — Foto: Reprodução

*G1