Sexta-Feira, 29 de novembro de 2024
Sexta-Feira, 29 de novembro de 2024
Na Amazônia a seca histórica está deixando muitas comunidades com dificuldade de atendimento médico e escolar. O posto de saúde abria apenas uma vez ao mês. Agora, nem isso.
A artesã Joana Oliveira mora na comunidade Saracá, na Região Metropolitana de Manaus, e diz que as consultas médicas deixaram de ocorrer por causa da seca. As distâncias por terra são cada vez maiores para chegar à comunidade. Quando alguém precisa de medicamento...
A técnica de enfermagem Augusta Macedo precisou caminhar pela areia por quase uma hora para chegar na comunidade. Mas a agente de saúde não tem mais remédios.
O problema é o acesso. Toda essa região era banhada pelo Rio Negro. De barco, as pessoas desembarcavam direto na comunidade. As aulas foram suspensas porque os professores não conseguem chegar. Mas uma turma foi buscar a merenda escolar que agora chega em forma de rancho. Mais de uma hora para ir e voltar carregando peso.
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Quando o solo está ressecado até com rachaduras, é mais simples para as pessoas conseguirem caminhar. O problema é quando o sol ainda não foi suficiente para secar o fundo do rio que está à mostra. Muita gente enfrenta trechos de lama pura.
A caseira Helenice Silva voltava para casa depois de alguns dias em Manaus para ir ao médico. Tentou andar, mas acabou atolando na lama. Sem conseguir se mexer, ela chorou. O marido chegou para socorrê-la.
*G1/JN