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Terça-Feira, 26 de novembro de 2024

Economia

82% dos consumidores brasileiros deixaram de comprar no supermercado por conta do preço

82% dos consumidores brasileiros deixaram de comprar no supermercado por conta do preço

(Imagem: Tânia Rego/Agência Brasil)

O consumidor brasileiro acompanha de perto as variações de preços dos produtos no varejo e mudou seus hábitos para comprar mais e pagar menos. Isso é o que aponta o novo estudo da Neogrid, realizado em parceria com o Opinion Box. Segundo o levantamento, para 65% dos entrevistados, o preço é um fator decisivo nesse momento.

A pesquisa Hábitos de Compra no Varejo Alimentar, realizada entre junho e julho de 2024, revela que 82% dos respondentes deixaram, no primeiro semestre de 2024, algum item no supermercado por conta do valor. Os dados mostram que, além do preço, os consumidores consideram promoções e descontos (65,7%) e a qualidade do produto (63%) como pontos cruciais no momento da compra.

Outro ponto levantado, é que 83% dos entrevistados acompanham promoções de itens específicos que querem adquirir e 84% levam mais produtos quando notam que o preço está baixo nas prateleiras. O estudo também apresenta quais itens se tornaram mais escassos nos carrinhos dos consumidores nos primeiros seis meses do ano.

O azeite, por exemplo, lidera essa lista, com 54,8% dos respondentes afirmando ter reduzido o consumo. De acordo com a Horus, solução da Neogrid especializada na leitura e análise de notas fiscais com agilidade e eficácia, o preço médio por unidade do produto subiu 19,8% em julho na comparação com o início do ano.

 

Na sequência, aparecem as carnes (41,3%) e legumes, verduras e frutas (24,4%). Cerca de 80% dos brasileiros ouvidos não consideram justos os preços que pagam nas compras. “Estamos verificando um interesse crescente dos consumidores brasileiros por preços mais em conta e promoções. Esse comportamento acaba estimulando a procura por ofertas mais vantajosas, além de comparações entre redes de supermercados e marcas concorrentes”, explica Anna Fercher, da Neogrid.

“Uma das possíveis razões para esse contexto é a perceptível diminuição do poder de compra dos brasileiros e as recentes elevações de preços de categorias que costumam estar presentes nos carrinhos dos consumidores", completou.

Tecnologia como aliada

Um total de 51% dos entrevistados pelo estudo concorda que o uso da inteligência artificial (IA) poderia ajudar em relação a preços mais justos, enquanto 95,8% responderam que gostariam de maior transparência sobre os motivos dos valores de cada produto. Na avaliação da Predify, solução da Neogrid pioneira em análise de pricing baseada em IA, esses números atestam a importância de monitorar regularmente o comportamento dos consumidores e montar estratégias para se manter equiparado com a concorrência.

“Nossas análises sinalizam, por exemplo, um cenário em que a IA sugere a redução dos preços em 15% dos produtos disponíveis aos consumidores. Nessa projeção, já conseguimos ver uma rebaixa de preço de até 5%, ao mesmo tempo em que observamos um aumento de receita de 135% e um lucro bruto de 91%”, afirma Carlos Schmiedel, fundador da Predify.

*Correio Braziliense