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Domingo, 14 de dezembro de 2025

Economia

Aposentadoria em 2026: Fique por dentro do que muda e como se preparar

Em 2026 entram em vigor novas regras de aposentadoria previstas pela Reforma da Previdência de 2019

Aposentadoria em 2026: Fique por dentro do que muda e como se preparar

Entenda as novas regras que entrarão em vigor a partir de 1º de Janeiro de 2026. (Imagem: Freepik/@Ambreen)

Essas mudanças fazem parte do cronograma de transição criado para ajustar, ano a ano, os requisitos para quem deseja se aposentar pelo INSS.

A seguir, você confere o que muda e como isso pode afetar quem está próximo de se aposentar.

1 - Aumento da idade mínima progressiva

A regra da idade mínima progressiva terá novos requisitos a partir de 1º de janeiro de 2026:

  • Mulheres: 59 anos e 6 meses
  • Homens: 64 anos e 6 meses

Além disso, permanece obrigatório o tempo mínimo de contribuição:

  • 30 anos para mulheres
  • 35 anos para homens

A idade mínima continua subindo seis meses por ano até chegar ao limite final:

  • 62 anos (mulheres)
  • 65 anos (homens)

2 - Aumento da pontuação (idade + tempo de contribuição)

Outra opção de aposentadoria é pela regra dos pontos, que soma a idade com o tempo de contribuição. Em 2026, a exigência será:

  • 93 pontos para mulheres
  • 103 pontos para homens

O tempo mínimo de contribuição permanece o mesmo:

  • 30 anos para mulheres
  • 35 anos para homens

Essa regra favorece quem começou a trabalhar cedo e acumula muitos anos de contribuição.

3 - Regras de transição continuam valendo

Quem já contribuía antes da reforma de 2019 ainda pode se aposentar pelas regras de transição, como:

• Pedágio de 100%

O segurado precisa cumprir a idade exigida para essa regra e pagar o “pedágio”, contribuindo o dobro do tempo que faltava em 2019 para completar o mínimo.

• Pedágio de 50%

Para quem estava muito próximo de se aposentar em 2019. É exigido cumprir o tempo que faltava mais 50% dele.

Essas alternativas são úteis para trabalhadores que estavam perto de completar os requisitos quando a reforma entrou em vigor.

4 - Quem será mais afetado pelas mudanças

  • Pessoas que não cumprirem os requisitos até 31 de dezembro de 2025 terão que se adequar às novas exigências de idade ou pontuação.
  • Quem está próximo de se aposentar ainda em 2025 pode se beneficiar se antecipar o pedido.
  • Trabalhadores com contribuição irregular ou com períodos em aberto devem revisar o CNIS com atenção.

5 - Como se preparar para a aposentadoria em 2026

Para evitar surpresas, é importante:

✔ Revisar o CNIS

Certifique-se de que todos os períodos trabalhados e contribuições estão registrados corretamente.

✔ Simular a aposentadoria

As simulações mostram se você se encaixa melhor pela idade mínima, pontos ou alguma regra de transição.

✔ Avaliar o melhor momento

Às vezes, é mais vantajoso se aposentar ainda em 2025; em outros casos, esperar por 2026 pode resultar em benefício melhor.

✔ Organizar documentos

Guarde comprovantes de trabalho, carnês e contratos. Isso evita atrasos e indeferimentos.

✔ Consultar um especialista

Um advogado previdenciário pode indicar a melhor estratégia e evitar prejuízos.

Por que essas mudanças estão acontecendo?

As alterações previstas para 2026 fazem parte de um processo gradual iniciado pela Reforma da Previdência de 2019. O objetivo é adaptar o sistema previdenciário à realidade atual do país.

O Brasil está passando por um envelhecimento acelerado da população. Isso significa que, ao mesmo tempo em que há um número crescente de pessoas se aposentando e vivendo por mais anos, há proporcionalmente menos trabalhadores contribuindo para financiar essas aposentadorias.

Além disso, a expectativa de vida aumentou, e o modelo antigo, criado quando os brasileiros viviam menos e entravam mais cedo no mercado de trabalho, tornou-se financeiramente insustentável. Sem ajustes, o INSS teria dificuldades para manter o pagamento dos benefícios no futuro.

Por isso, a reforma estabeleceu regras de transição, aplicadas ano a ano, para que o impacto não fosse abrupto. Essas regras gradualmente elevam a idade mínima e a pontuação, permitindo que o sistema se equilibre ao longo do tempo, garantindo:

  • sustentabilidade do regime;
  • previsibilidade para o segurado;
  • segurança financeira para as aposentadorias futuras.

Em resumo, as mudanças visam assegurar que as próximas gerações também tenham acesso a um sistema de aposentadoria viável e capaz de acompanhar as transformações demográficas do país.

*R7/ Empreendendo Direito