
Sábado, 03 de maio de 2025
Sábado, 03 de maio de 2025
Se confirmado, esse será o segundo corte seguido na taxa Selic, que começou a recuar em agosto deste ano. Em 12,75% ao ano, a taxa cairia ao menor patamar desde maio de 2022 -- quando estava em 11,75% ao ano. Ou seja, seria a menor taxa em 16 meses.
A aposta do mercado financeiro de que o juro vai cair para 12,75% ao ano tem por base indicações do próprio Banco Central. No comunicado de sua última reunião, quando a taxa recuou 0,5 ponto percentual, o Copom informou que poderia continuar promovendo "redução da mesma magnitude" à adotada naquele momento.
A projeção dos analistas do mercado financeiro é de que a taxa continuará recuando nos próximos meses, terminando o ano de 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a projeção é de que Selic caia para 9% ao ano.
Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem e no objetivo, em 12 meses, para o início de 2025.
Taxa básica de juros da economia, a Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação.
Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso, porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento.
Apesar do aumento da inflação em agosto deste ano, que somou 4,61% em doze meses, analistas avaliam que isso já era projetado. Além disso, pontuam que os dados da inflação subiram menos que o esperado. "Então, ainda há indícios técnicos para haver esta redução [dos juros]", disse Dierson Richetti, sócio da GT Capital.
De acordo com especialistas, a redução da taxa de juros no Brasil terá várias consequências para a economia. Veja abaixo algumas delas:
Na avaliação do economista da empresa de investimentos Suno, Rafael Perez, o PIB de 2023 está mostrando resultados melhores do que o esperado, mas não deve causar impacto na inflação. No entanto, como a alta na atividade econômica pode elevar os preços, o economista acredita que os cortes na taxa de juros não terão surpresas nas reuniões até o fim do ano.
Ainda há outras duas reuniões do Copom previstas até o fim do ano: em 1º de novembro e em 13 de dezembro.
O CEO da Loara Crédito, Adilson Seixas, lista alguns fatores para justificar a previsão de queda dos juros nesta reunião do Copom e nas próximas. Entre os pontos listados, estão uma desaceleração da economia esperada para o ano que vem e a melhora do risco fiscal do país.
Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, apesar da possibilidade de o Copom acelerar os cortes para 0,75 ponto percentual no fim de 2023, o cenário mais favorável, na visão dele, é de que esses cortes sejam de 0,50 ponto percentual em todas as reuniões deste ano.
*G1