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Terça-Feira, 26 de novembro de 2024

Economia

Descontos beneficiam sete em cada dez compradores de imóveis, maior nível em três anos

Descontos beneficiam sete em cada dez compradores de imóveis, maior nível em três anos

(Imagem: Pexels)

O volume de compra de imóveis efetivadas com desconto sobre o valor anunciado saltou 11 pontos percentuais, de 58% para 69%, e fechou o segundo trimestre no maior patamar dos últimos três anos, mostram dados do Raio-X FipeZAP+.

O crescimento das negociações com desconto, no entanto, não resultou na elevação do abatimento médio em relação ao valor pelo qual o imóvel foi originalmente anunciado no mercado.

No acumulado dos últimos 12 meses, o percentual médio de desconto se manteve praticamente estável, em torno de 8%, preservando assim o menor patamar da série histórica do indicador, iniciada em 2014.

Os descontos também foram insuficientes para aumentar o número de compradores de imóveis, percentual que caiu de 10% para 9% entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, de acordo com o estudo.

Em relação ao tipo do imóvel adquirido, a maioria dos compradores mencionou a preferência por imóveis usados (67%). Entre os objetivos declarados, a destinação para “moradia” prevaleceu, abrangendo 61% desse público, ante a finalidade “investimento” (39%).

Considerando apenas aqueles que adquiriram o imóvel para morar, a opção de ingressar no local com alguém segue majoritária (59%). Os investidores, por sua vez, desejam alugar o imóvel para obtenção de renda predominou entre os participantes (79%).

Preços

A pesquisa também identifica as percepções sobre o atual preço dos imóveis no Brasil. A parcela de respondentes que classificavam os valores dos empreendimentos como “altos ou muito altos” recuou de 76% (segundo trimestre de 2022) para 72%, na amostra sobre o período entre abril e junho deste ano.

Paralelamente, o percentual de respondentes que enxergavam os preços atuais dos imóveis como “razoáveis” oscilou de 17% para 18%, assim como a percepção de que os preços atuais se encontravam em níveis “baixos ou muito baixos”, que passou de 2% para 4%.

Em relação à expectativa de preços para os próximos 12 meses, a leitura revela uma queda no percentual de respondentes que projetavam alta nominal no valor dos imóveis, de 39%, para 32%, entre o segundo semestre do ano passado e o mesmo período deste ano.

A participação de respondentes que partilham de uma expectativa de manutenção dos preços atuais oscilou de 23% para 24% no período, em paralelo ao discreto aumento observado no grupo de dos que apostavam na queda para os preços (de 13% para 14%).

Em termos de variação esperada para os preços, a maior alta nominal é projetada por compradores que adquiriram imóveis recentemente (6,5%), em contraste com a expectativa de alta moderada informada por proprietários (3,7%) e, sobretudo, pelo ligeiro recuo esperado por compradores potenciais (-0,5%).

*R7