Domingo, 12 de janeiro de 2025
Domingo, 12 de janeiro de 2025
O ano mais quente da história do país impactou diretamente um dos momentos mais importantes da rotina do brasileiro: o café da manhã e o almoço. O preço de alimentos básicos como carne, café, leite e laranja subiu de forma expressiva, e parte da explicação está justamente no calor e na seca.
O clima extremo contribuiu para uma inflação de 7,69% dos alimentos e bebidas em 2024, bem acima do que ocorreu no ano anterior, quando o grupo subiu 1,11%. O número também é maior do que a inflação oficial do país, que ficou em 4,83% segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Inflação do café da manhã em 2024 — Foto: Arte g1
O suco de laranja e o cafezinho, por exemplo, pesaram muito mais no bolso do que no ano anterior. A baixa quantidade de frutas e o impacto da doença greening fizeram o preço da laranja-pera disparar em 48,3% no ano.
No caso do café, a alta em 2024 foi de 39,6%. Nos supermercados, a média do preço do pacote de 1 kg, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), chegou perto dos R$ 50, como o g1 mostrou em dezembro.
Inflação do prato feito em 2024 — Foto: Arte g1
O bife do almoço também ficou mais caro: o contrafilé, por exemplo, avançou 20%, acompanhando a alta da carne (20,8%).
Os preços mais altos são consequência de problemas na produção que foram motivados pelo clima extremo de 2024, com muito calor, seca prolongada e enchentes que afetaram o sul do país.
Mesmo assim, alguns alimentos apresentaram queda expressiva no valor, como a cebola e o tomate, e essa variação também ocorreu por causa do clima.
*G1