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Quarta-Feira, 27 de novembro de 2024

Economia

'Não adianta falar em defasagem do preço de combustíveis', afirma presidente da Petrobras

'Não adianta falar em defasagem do preço de combustíveis', afirma presidente da Petrobras

(Imagem: Mateus Mello/Poder 360)

O presidente da PetrobrasJean Paul Prates, disse nesta 4ª feira (16.ago.2023) que é impreciso falar em defasagem nos preços de combustíveis. Prates afirmou que os valores de referência não são os utilizados pela estatal e que isso não é necessário para que a companhia tenha lucro.

“Não adiante dizer: ‘ah, a Petrobras ontem ajustou e mesmo assim ficou defasado em relação ao preço do consultor tal, do centro não sei das quantas, da Abicom [Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis]’. Esses preços de referência não são os preços que a Petrobras pratica. Não são os preços que a Petrobras precisa praticar para ter lucro”, disse Prates. Ele deu a declaração durante sessão da Comissão de Infraestrutura no Senado.

A Petrobras anunciou na 3ª feira (15.ago) o aumento do preço dos combustíveis nas distribuidoras. O preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passou de R$ 2,52 para R$ 2,93 por litro –alta de 16,3% (ou R$ 0,41 por litro).

Prates afirmou que os preços são definidos seguindo a nova política e que não há interferências por parte do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele disse ainda que o último reajuste demonstra que, quando necessário, a estatal fará reajustes e que a nova política de preços é eficiente.

Para o presidente da Petrobras, utilizar o PPI (Preço de Paridade de Importação) é dar um benefício para concorrentes ineficientes e prejudica o consumidor brasileiro.

Eles não refinam aqui, não produzem aqui, não tem plataforma aqui. Eles simplesmente importam e ganham comissão. Logo, esse PPI interessava aos importadores”, disse Prates.

Atualmente, a política de preços considera “40.000 variáveis”, segundo ele.

Quando se chega à autossuficiência, como, por que diabos você vai praticar o preço da paridade de importação? Se você chegou à autossuficiência e pratica o preço como se tudo fosse importado e refinado fora”, disse o presidente da Petrobras.

E completou: “E eu não chego ao radicalismo de dizer que são só custos em reais. Não é verdade. Claro que tem custos em dólares também […] Mas [o combustível] é produzido no Brasil. De fato, tem muitos custos em real.

O presidente da estatal disse ainda que a Petrobras não está perdendo dinheiro. Ele defendeu que a empresa é competitiva e eficiente e que o PPI não deu certo desde o início, com dezenas de reajustes, enquanto o modelo atual conseguiu absorver as instabilidades do mercado, em sua avaliação.

*Poder360