Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024
Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024
A cachaça é o terceiro destilado mais consumido no mundo e movimenta R$ 15,5 bilhões anualmente no país - montante que poderia ser ainda maior, se o Brasil explorasse, ao máximo, a capacidade produtiva da bebida. Segundo o Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), o país tem capacidade para atingir um volume de produção de 1,2 bilhão de litros por ano. Atualmente, são cerca 800 milhões de litros.
No último anuário da cachaça divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em 2021, 936 produtores formalizados eram responsáveis por 4.969 rótulos.
Minas Gerais é destaque no ranking de estados produtores, com 50% da produção certificada do país e 353 alambiques.
O Sudeste concentra a maioria das cachaçarias, o equivalente a 66,2% da produção nacional.
Cachaças da região de Salinas, Norte de Minas Gerais, produtos com selo de localização geográfica. — Foto: Ana Carolina Ferreira
A “marvada” genuinamente brasileira também tem representado bem no exterior. Segundo o governo federal, a exportação, em 2022, registrou um faturamento de US$ 18,47 milhões, o maior valor dos últimos 12 anos e um aumento de 54,74% em relação a 2021.
32ª Expocachaça na Serraria Souza Pinto — Foto: Ana Carolina Ferreira/g1 Minas
Eventos como a Expocachaça, em Belo Horizonte, tem como objetivo divulgar ainda mais o produto. Esta edição contou com 160 expositores de 18 estados.
Mais do que reunir os produtores da bebida, a feira abre portas para a cadeia produtiva.
Renato de Carvalho, empresário de indústria de maquinário para alambiques — Foto: Ana Carolina Ferreira/g1 Minas
A Fábrica de Alambiques Santa Efigênia, por exemplo, expôs algumas máquinas que manufatura São 75 anos de mercado.
Barris de armazenamento de cachaça produzidos em Rezende - RJ — Foto: Ana Carolina Ferreira/g1 Minas
Outro setor importante é o que fabrica barris, onde a bebida fica armazenada. Eles são feitos de madeira, e a qualidade do material influencia no tom e no aroma da bebida.
"Antes a gente trabalhava com madeiras que traziam bebidas importadas como whisky. Com o passar do tempo, houve ainda mais exigência, por madeiras novas, diferentes. Hoje nós trouxemos para feira os barris de amendoim e já vendemos quase todos", comemora Luis Cláudio Nogueira, responsável pela Tanoaria Agulhas Negras.
*G1