Sábado, 13 de dezembro de 2025
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Banco Central manteve a taxa de juros em 15% sob avaliações de que o cenário mundial tem sido marcado por "elevadas incertezas" que exigem "cautela" na condução da política monetária
Segundo ele, a inflação controlada já poderia servir como justificativa para uma redução da selic pelo Banco Central (Imagem: Júlio César Silva/MDIC)
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) comentou, nesta sexta-feira (12/12), não haver "justificativas" para a manutenção da taxa básica de juros em 15%. Segundo ele, a inflação controlada já poderia servir como justificativa para uma redução da Selic pelo Banco Central.
"Você tem inflação em queda. Nós estamos abaixo do teto da meta. O dólar dava em US$ 6,30, reduziu para US$ 5,40. Essa foi uma das razões de (queda) da inflação. A outra razão da inflação foi alimento. Tivemos uma seca muito forte, queda de safra e aumento de de preços. O clima (agora) ajudou, a safra foi recorde. A Inflação de alimento está 2%. Então não tem justificativa para você ter o segundo maior juros do mundo. Isso atrapalha investimentos", defendeu Alckmin, em conversa com jornalistas, durante o seminário de Líderes, realizado em São Paulo.
Argumento do BC para manter selic em 15%
Publicada na quarta-feira (10/12), o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central pela manutenção da taxa de juros em 15% utilizou como justificativa as avaliações de que o cenário mundial tem sido marcado por "elevadas incertezas" que exigem "cautela" na condução da política monetária para controlar a inflação.
"O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado.", diz o comunicado do Copom.
*Correio Braziliense