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Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024

Educação

Escola Municipal promove projeto Nossas raízes em celebração ao mês da Consciência Negra

Escola Municipal promove projeto Nossas raízes em celebração ao mês da Consciência Negra

(Imagem: Thony Nunes/Ascom Semed)

Para celebrar, repassar e honrar as origens africanas de mais da metade da população brasileira, a Escola Municipal Padre Brandão Lima, localizada no bairro Benedito Bentes, realizou nesta terça-feira (21), um evento repleto de atividades voltadas à cultura afro-brasileira, como oficinas de culinária de doces tradicionais do continente africano, apresentações culturais e oficinas de artesanato.

Com uma programação diversificada que aconteceu durante os dois turnos, os estudantes desbravaram um pouco da cultura afro-brasileira, através das atividades que instigam o debate e a troca de conhecimentos entre alunos, professores, palestrantes e a comunidade escolar.

A aluna Juliana Bezerra, do 7º ano, conhecida como ‘Avatar’ na capoeira, deu um show na roda, que aconteceu na escola e contou um pouco sobre a sua experiência. “Achei muito bom esse projeto, para mim a melhor coisa é jogar capoeira! É um movimento de resistência disfarçado de dança”, contou.

Com apenas 13 anos de idade, a estudante conta que já pratica o esporte há cerca de 10 anos. Ela acrescenta que também pôde conhecer outras oficinas e aprendeu bastante.

A dançarina, coreógrafa, turbanteira, coordenadora do grupo Àbúrò N’ilê - Juventude de Terreiro do Estado de Alagoas e conselheira estadual de juventude religiosa, Lucélia Tayná, promoveu a oficina de Turbantes. “Atualmente acompanho essa trajetória de empoderar homens e mulheres pretos, a partir do uso de turbantes, e fui convidada a trazer essa oficina para a escola Padre Brandão, que fica em um bairro tão populoso como é o Benedito Bentes, podendo mostrar aos jovens daqui que esse empoderamento pode vir de nossas raízes”, disse.

A diretora escolar, Emília Soares, revelou que o projeto foi pensado para trabalhar com várias nuances que permeiam as culturas e tradições afro-brasileira: “Nós, ao idealizarmos este projeto, pensamos em trazer oficinas que apresentem a culinária afro-brasileira, que valoriza e proporciona uma melhora na autoestima dos alunos, roda de capoeira contando a história da luta que se disfarça na dança e o teatro para que pudessem se expressar de novas maneiras”, pontuou,

Ao todo, 369 alunos participaram das oficinas, partilhando o conhecimento, desmistificando conceitos acerca de África e suas exprssões e tradições.

“O importante é poder observar que a semente foi plantada e que certamente colheremos frutos de uma sociedade mais consciente de suas raízes, de sua história e sua força ancestral”, concluiu a diretora da escola.

*Secom Maceió