Zezé para show para reclamar de equipamentos de outros artistas: 'Respeitem quem vem depois'

"Deixa eu falar um negócio rapidinho aqui, pode ser só um minutinho, é só pedir pra galera da produção dos outros artistas e pensar que antes deles tem outros artistas. Eles colocam as coisas deles atrapalhando a gente, na verdade outros artistas, cantores. Eu acho que cada um tem que colocar o equipamento de acordo com seu show, mas desde que não prejudique outro artista."

"A gente cantando ali pertinho e está esse trambolho aí na frente atrapalhando a gente passar. Pensa que aqui não é um show de um artista só. É de vários artistas. Então a gente tem que fazer a parte de cada um porque o público merece receber o melhor de cada um. Que na próxima vez, respeite quem vem depois, por favor", disse.

Depois dos goianos, o mesmo palco recebe os shows de Luan Santana, do Dj Jiraya UAI e da dupla João Bosco & Vinicius, escalada após o cancelamento de Zé Neto & Cristiano.

Os perrengues começaram na entrada da dupla com o clássico “No Dia Que Eu Saí de Casa”. O som do microfone baixo e os chiados pareceram incomodar Luciano, principalmente.

O show seguiu com ruídos na primeira parte, quando eles cantaram “Dou A Vida Por Um Beijo” e “Você Vai Ver”. Quando Zezé puxou “Vivendo por Viver, Luciano caminhou até o fundo do palco, como se estivesse buscando uma solução.

Depois, os irmãos cantaram "Eu Não Faço Amor Por Fazer", "Anjo" e "Pra Não Pensar".

As milhares de pessoas que lotavam o chão da arena e as arquibancadas formaram um coral potente, capaz de superar o barulho e fazendo as músicas ecoarem pelo Parque do Peão.

No palco, os irmãos goianos faziam de tudo para entregar o melhor aos fãs, e conseguiram mais uma vez. Mas Zezé sentiu que precisava compartilhar as dificuldades com a plateia. O público aplaudiu.

Depois do desabafo, Zezé e Luciano seguiram com a apresentação aliviados e ao som dos modões "Estrada Da Vida" e "Do Outro Lado Da Cidade", com músicos da banda em instrumentos de sopro.

No show da turnê “Novos Tempos”, os irmãos mal deram tempo ao público para recuperar o fôlego. Em três décadas de uma carreira bem-sucedida, quando a dupla fica frente a frente com os fãs é sempre uma festa.

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E Barretos talvez seja a maior delas. Zezé valorizou o carinho do público. Ele e Luciano têm o privilégio de se manter no topo há décadas, com sucessos que ultrapassam gerações. O sertanejo celebrou com os fãs ao pedir para todos levantarem e balançarem os chapéus.

“Barretos é a festa com o maior número de chapéus”, elogiou ao comentar o espírito sertanejo da plateia.

O repertório passeou por hits como “Pra Não Pensar”, “A Ferro e Fogo”, “Menina Veneno”, “Cada Volta É Um Recomeço”, "Sem Medo de Ser Feliz". Eles lembraram que são uma das duplas com composições mais gravadas por outros artistas e emendaram uma lista de famosos que já colocaram voz em sucessos de autoria de Zezé.

Depois de cantar “Na Hora H”, Zezé falou com o público sobre a virada de chave que uma única música representa na vida dele com o irmão, Luciano. A capella, ele puxou o refrão de “É o Amor”, o maior de todos os sucessos da dupla.

À frente do palco, se ajoelhou diante do público ao ser acompanhado a plenos pulmões.

Se a voz falha, Luciano e o coral de milhares formam uma forte segunda voz. Em entrevista ao g1 em 2023 na Festa do Peão, Zezé disse que até Pelé perdeu pênalti e que as críticas não o incomodam mais.

Para cantar “Flores em Vida”, Zezé Di Camargo e Luciano foram para o meio da galera. Um minipalco montado no centro da arena recebeu os sertanejos para a consagração. Os fãs se espremeram na grade para chegar mais perto dos ídolos. Depois veio “Mexe Mexe”, que ditou o ritmo do bailão na arena.

Antes de deixar o palco, Luciano agradeceu a Deus pela noite inesquecível. “Eu sempre digo uma coisa. Tudo isso aqui, essa festa linda não é para a glória do homem, é para a glória do Senhor. A ele, a maior glória sempre”, disse.

*G1