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Terça-Feira, 11 de março de 2025

Esportes

Corinthians mostra poder de reação e vence com a ajuda dos 'operários'

Corinthians mostra poder de reação e vence com a ajuda dos 'operários'

(Imagem: Marcos Ribolli)

O contexto era desfavorável ao Corinthians. O time vinha abalado pela pior derrota na temporada, teve menos tempo de recuperação do que o rival, e o técnico corria risco de ser demitido. Ainda assim, a equipe mostrou poder de reação, venceu o Santos por 2 a 1 na Neo Química Arena e garantiu presença na final do Campeonato Paulista depois de cinco anos.

A classificação veio com o brilho do trio de ataque. Memphis deu sua sexta assistência na temporada, Yuri Alberto voltou a marcar e Garro novamente foi decisivo. Porém, isso só foi possível graças a dois operários, que muitas vezes passam distante dos holofotes: José Martínez e Raniele.

Recuperados de lesões, os volantes voltaram ao time titular e fizeram o "serviço sujo" para que os craques da frente pudessem brilhar.

Ramón Díaz retomou o esquema 4-4-2 com um losango no meio, mas desta vez optou por dar mais combatividade e força física ao meio de campo, tirando Breno Bidon. O técnico pensava em fortalecer a marcação sobre Neymar, mas teve a grata surpresa de não enfrentar o craque, poupado devido a um desconforto muscular.

José Martínez, Garro e Angileri celebram gol do Corinthians sobre o Santos — Foto: Marcos Ribolli

José Martínez, Garro e Angileri celebram gol do Corinthians sobre o Santos — Foto: Marcos Ribolli

Além da dupla de volantes, o Corinthians ganhou poder de marcação com Fabrizio Angileri, que foi titular da lateral esquerda pela primeira vez.

Em vantagem desde os 11 minutos, quando Yuri Alberto abriu o placar, equipe adotou postura mais cautelosa, baixando as linhas de marcação e segurando mais os laterais no campo defensivo. O Santos tinha mais posse, mas sofria para se aproximar do gol de Hugo Souza.

Era um jogo controlado, embora sem muito brilho do Corinthians. Porém, mais uma vez a equipe falhou na marcação pelo alto. Após cobrança de escanteio, Félix Torres errou o tempo da bola, José Martínez deixou Tiquinho desgarrar, e os visitantes empataram.

O gol não abalou o Timão, como se poderia suspeitar. A equipe voltou do intervalo sem mudanças e, aos 10, ficou novamente em vantagem, desta vez com belo gol de Rodrigo Garro.

Dali em diante, o Corinthians conseguiu ter o jogo sob controle. Protegeu bem a entrada da área, neutralizou Soteldo e Guilherme e exigiu muito pouco de Hugo Souza.

Estatísticas - Corinthians x Santos

 
  • Posse de bola: 45% x 55%
  • Finalizações: 9 x 11
  • Finalizações no alvo: 4 x 1
  • Passes completos: 272 x 326
  • Passes incompletos: 76 x 85
  • Desarmes: 7 x 16
  • Faltas cometidas: 15 x 18
  • Escanteios: 6 x 8
 

Não foi uma atuação brilhante, mas o time de Ramón Díaz deu uma resposta convincente e necessária nesse momento.

Para ser campeão paulista e seguir na Libertadores, o Corinthians precisará de mais. Porém, isso é assunto para outro momento. Por enquanto, a Fiel torcida comemora a classificação e assiste de camarote à outra semifinal, entre Palmeiras e São Paulo, nesta segunda.

*GE