CSE é julgado e multado pelo TJD-AL por caso de racismo contra repórter

Como o agressor não foi identificado, o clube mandante, no caso o CSE, foi punido com multa de um salário mínimo (R$ 1,300,00). Além disso, a diretoria tricolor vai ter que fazer ações de combate ao racismo em seus jogos no Campeonato Alagoano e Copa Alagoas, para conscientizar torcedores e jogadores.

Os atletas do clube, daqui para frente, vão também entrar em campo com uma faixa contra o racismo. Ficou definido ainda que, em caso de reincidência, o CSE poderá ser obrigado a jogar com portões fechados em jogos como mandante.

André falou com o ge sobre o que achou da punição ao clube.

- O Tribunal de Justiça Desportiva julgou o caso. Minha parte, como vítima, fiz. Procurei todos os direitos, comuniquei a quem deveria comunicar, registrei boletim de ocorrência e etc. Se o torcedor tivesse sido identificado naquele momento, a punição para o infrator poderia ser maior e o clube não seria penalizado. Espero que isso não volte a ocorrer, e que o CSE faça mais campanhas no combate e para a conscientização.

Na noite de quinta mesmo, o CSE iniciou a campanha de combate ao racismo e emitiu nota repudiando o caso de injúria racial registrado no estádio de Palmeira.

- O Clube Sociedade Esportiva repudia veementemente o episódio lamentável ocorrido com o repórter @andre_hq96 , que foi vítima de racismo. O clube presta total solidariedade a esse grande profissional Estaremos sempre ao seu lado, André. Racismo é crime! #RacismoNão - postou o CSE em suas redes sociais.

A injúria racial

No dia 29 de janeiro, data do jogo, André relatou que foi xingado por um torcedor perto do alambrado do Estádio Juca Sampaio. Houve, inclusive, um ataque racista.

- Ao final do primeiro tempo, fui para o túnel para as entrevistas com os demais repórteres. No momento que entrevistava o técnico Jaelson Marcelino, do “Cruzeiro”, cerca de oito torcedores do CSE estavam no alambrado, e um deles olhou para mim e disse as seguintes palavras: “O que você tá olhando, seu negro filho da puta.” Não foi possível identificar o torcedor, porque o mesmo se evadiu rapidamente do local - relatou André.

A decisão do TJD, na íntegra