'Final antecipada', queda de CR7 e prorrogações marcam quartas da Euro

As quartas de final da Eurocopa, encerradas neste sábado, exigiram paciência e coração forte dos torcedores das seleções envolvidas. Três das quatro partidas foram para a prorrogação, e duas delas terminaram na disputa de pênaltis: França 5 x 3 Portugal e Inglaterra 5 x 3 Suíça.

A seleção suíça até que deu trabalhou aos ingleses e saiu na frente com um gol Embolo, já aos 30 minutos do segundo tempo, mas Saka igualou cinco minutos depois, garantindo a terceira prorrogação das quartas de final. Sem gol nos 30 minutos extras, a Inglaterra venceu a disputa de pênaltis graças à defesa do goleiro Pickford logo na primeira cobrança suíça, do zagueiro Akanji. Para acertar o canto, Pickford contou com uma "cola" na garrafinha d'água.

A outra prorrogação valeu cada um dos 120 minutos. A primeira partida das quartas de final reuniu as duas seleções de melhor campanha até então. Em Stuttgart, Espanha e Alemanha justificaram a expectativa pela "final antecipada". A seleção espanhola venceu por 2 a 1, com emoção para os dois lados: Florian Wirtz empatou para a Alemanha aos 44 do segundo tempo, e Mikel Merino garantiu a classificação espanhola no último minuto da prorrogação. A eliminação alemã significou também o fim da carreira do meia Toni Kroos, que já tinha anunciado que daria adeus ao futebol após a Eurocopa.

Quem também se despediu nas quartas de final foi o ídolo português Cristiano Ronaldo. Não é o fim da carreira, e pelo menos até o momento não há sinais de despedida da seleção. Mas o adeus de CR7 nessa Euro também foi marcante. Aos 39 anos, o recordista de Eurocopas disputadas (seis), maior artilheiro do torneio (14 gols) e jogador com mais partidas (30) e vitórias (13) queria também se tornar o mais velho a fazer um gol na competição. Não conseguiu.

A seleção portuguesa bem que tentou ajudar, e até o destino lhe ofereceu um pênalti nas oitavas, contra a Eslovênia, mas Cristiano Ronaldo parou no goleiro Jan Oblak. Portugal passou às quartas (também na decisão por pênaltis), mas Cristiano Ronaldo chutou por cima do travessão a única chance clara de gol contra os franceses. E dessa vez a sorte não lhe sorriu nas penalidades. A França de um ainda discreto Mbappé foi à semifinal.

• Chutes a gol: Cristiano Ronaldo (POR), com 23 (nove no alvo, nenhum gol); Mbappé (FRA), 20 (oito no alvo, um gol de pênalti)
• Gols: Gakpo (HOL), Mikautadze (GEO), Musiala (ALE) e Schranz (ESQ), todos com três gols
• Assistências: Lamine Yamal (ESP), com três
• Velocidade máxima: Mbappé (FRA), 36,5 km/h; Ferrán Torres (ESP), 36 km/h
• Faltas cometidas: Van Dijk (HOL), 12; Andrich (ALE), 11
• Defesas: Mamardashvili (GEO), 29; Verbruggen (HOL), Maignan (FRA) e Nitã (ROM), todos com 16

No único jogo das quartas de final resolvido nos 90 minutos, a Holanda levou um susto com o gol de Akaydin para a Turquia, mas conseguiu a virada no segundo tempo: De Vrij empatou aos 25, e seis minutos depois a Holanda chegou aos 2 a 1 no gol contra de Müldür.

Com dez gols contra, esta edição da Euro está a apenas um de igualar o recorde da edição anterior, em 2021. Uma marca que defensor nenhum vai querer alcançar na reta decisiva da competição.