Quarta-Feira, 05 de fevereiro de 2025
Quarta-Feira, 05 de fevereiro de 2025
A medida do governo argentino ocorre dias após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter assinado uma ordem executiva no dia da posse determinando a retirada do país da OMS. Os EUA eram os principais financiadores do órgão internacional de Saúde, vinculado à ONU.
A saída da Argentina da OMS será oficializada por meio de um decreto que será assinado por Milei, segundo o jornal argentino "La Nación". A saída do organismo internacional é a primeira medida tomada pelo governo Milei, que pretende continuar nos próximos dias com sua retirada de outros espaços, segundo fontes do jornal argentino.
Ainda de acordo com o "La Nación", o argumento oficial utilizado pelo governo argentino é o custo de ser membro do organismo, estimado em cerca de US$ 10 milhões por ano (cerca de R$ 58 milhões). Além disso, acrescentaram que é preciso considerar os gastos com salário, diárias e assessores do representante argentino na entidade.
O governo argentino se aproximou do americano após Javier Milei ter assumido, em dezembro de 2023. Conservadores, Milei e Trump têm alinhamento ideológico e o argentino segue os passos de Trump.
Fundada em 7 de abril de 1948, a OMS é uma agência especializada em saúde subordinada à ONU. Sua sede é em Genebra, na Suíça. A agência coordena esforços internacionais para controlar surtos de doenças e patrocina programas para prevenir e tratar enfermidades ao redor do mundo. A OMS conta com financiamento de diversos países do mundo para operar.
No primeiro dia de seu segundo mandato, Trump ordenou que as agências federais pausassem "futuras transferências de fundos, apoio ou recursos do governo dos EUA para a OMS".
Depois, anunciou que os EUA estavam encerrando relações com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e que vai realocar financiamento antes destinado ao órgão a outras iniciativas.
Para Trump, a OMS foi "pressionada" pela China para dar "direcionamentos errados" ao mundo sobre o novo coronavírus, causador da Covid-19.
O líder republicano já havia ameaçado, em seu primeiro mandato, retirar os EUA da OMS, acusando a agência da ONU de ser influenciada pela China nos estágios iniciais da pandemia de Covid-19.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lamentou a decisão e disse esperar que o país reconsidere a medida.
*G1