Aguarde. Carregando informações.
MENU

Sexta-Feira, 19 de dezembro de 2025

Internacional

Maduro inventa seu próprio Prêmio Nobel da Paz e se autoproclama 'Arquiteto da Paz'

Em um evento oficial da Sociedade Bolivariana da Venezuela, o presidente do país recebeu medalha de seus apoiadores, uma semana depois de María Corina Machado, líder da oposição, ter recebido o Nobel na Noruega.

Maduro inventa seu próprio Prêmio Nobel da Paz e se autoproclama 'Arquiteto da Paz'

Maduro recebendo medalha de general (Imagem: X / Reprodução)

O presidente da VenezuelaNicolás Maduro, inventou seu próprio Prêmio Nobel da Paz e se autoproclamou "Arquiteto da Paz".

Em vídeo divulgado nesta sexta-feira (19), uma semana depois de María Corina Machado, líder da oposição no país, ter recebido o Nobel na Noruega, Maduro aparece recebendo uma medalha de condecoração de seus apoiadores durante um evento da Sociedade Bolivariana da Venezuela.

"É um grande compromisso! A paz será meu porto, minha glória, meu desejo. Será sempre nossa vitória", diz o presidente venezuelano nas imagens.
 

Ainda no vídeo, uma mulher que participa da cerimônia afirma que a condecoração, até então desconhecida, foi concedida por unanimidade e exalta Maduro: "A quem devemos a paz da Venezuela, da América Latina e do mundo inteiro".

Ameaças dos EUA

 

No momento, a Venezuela enfrenta uma grande pressão por parte dos Estados Unidos. Em entrevista nesta sexta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou não descartar a possibilidade de uma guerra com o país.

Em um comunicado, em resposta às declarações, o governo venezuelano afirmou que "rejeita a 'ameaça grotesca'. Afirmou que o bloqueio é “absolutamente irracional” e viola o livre comércio e a navegabilidade.

"A Venezuela, no pleno exercício do Direito Internacional que nos ampara, de nossa Constituição e das leis da República, reafirma sua soberania sobre todas as suas riquezas naturais, assim como o direito à livre navegação e ao livre comércio no Mar do Caribe e nos oceanos do mundo. Em consequência, procederá em estrito apego à Carta da ONU a exercer plenamente sua liberdade, jurisdição e soberania acima dessas ameaças belicistas", afirma o documento.

Ainda segundo o texto, o país vai recorrer à ONU para denunciar o que chamou de "grave violação do Direito Internacional".

"A Venezuela jamais voltará a ser colônia de império algum ou de qualquer poder estrangeiro e continuará, junto ao seu povo, a trilhar o caminho da construção da prosperidade e da defesa irrestrita de nossa independência e soberania", continua o texto.
 

Este foi mais um capítulo no aumento de tensões entre os dois países. Desde agosto, os Estados Unidos movimentam um forte aparato militar no Caribe. No início, a Casa Branca justificou a operação como parte do combate ao tráfico internacional de drogas.

Trump também acusou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de usar petróleo para financiar o que chamou de “regime ilegítimo”, além de “terrorismo ligado a drogas, tráfico de pessoas, assassinatos e sequestros”.

No dia 10 de dezembro, forças militares dos Estados Unidos interceptaram e apreenderam um navio petroleiro no Mar do Caribe, perto da costa da Venezuela.

Em 2019, durante o primeiro mandato, Trump impôs várias sanções ao setor petrolífero da Venezuela como forma de pressionar o governo Maduro, o que reduziu as exportações de petróleo do país.

Mesmo com as restrições ainda em vigor, a Venezuela continua exportando cerca de 1 milhão de barris por dia. Segundo especialistas, o regime Maduro tem recorrido a “navios fantasmas” para escoar a produção.

Em tese, essas embarcações “zumbis” foram alvo de sanções, mas mudam de nome ou de bandeira com frequência para tentar escapar das punições. Algumas também se apropriam da identidade de navios que já foram enviados para desmanche.

 

*G1