Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024
Segunda-Feira, 25 de novembro de 2024
O embaixador de Israel na ONU disse nesta segunda-feira (25) que as negociações para um cessar-fogo com o Hezbollah estão “avançando”, mas insistiu que Israel quer manter a possibilidade de atacar o sul do Líbano em qualquer acordo.
Além disso, o vice-presidente do Parlamento do Líbano, Elias Bou Saab, afirmou à Reuters nesta segunda que não há “nenhum obstáculo sério” para começar a implementação de uma trégua de 60 dias proposta pelos Estados Unidos para acabar com os combates entre Israel e o Hezbollah.
Saab destacou que um ponto de discordância sobre quem monitoraria o cessar-fogo foi resolvido nas últimas 24 horas, com a aceitação para se criar um comitê de cinco países, incluindo a França e presidido pelos Estados Unidos.
Uma autoridade libanesa e um diplomata ocidental disseram à Reuters que os EUA informaram às autoridades libanesas que um cessar-fogo poderia ser anunciado “em poucas horas”.
Netanyahu aprova acordo “a princício”, diz fonte
Uma fonte afirmou à CNN que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprovou “a princípio” o acordo de cessar-fogo com o Hezbollah durante uma consulta de segurança com autoridades israelenses na noite de domingo (25).
Entretanto, havia ressalva sobre alguns detalhes, que continuam sendo negociados.
Várias fontes enfatizaram que o acordo não será final até que todas as questões sejam resolvidas.
Entenda os conflitos no Oriente Médio
Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre contra o grupo Hezbollah no Líbano no final de setembro. Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e portanto, inimigos de Israel.
Os bombardeios no Líbano se intensificaram nos últimos meses, causando destruição e obrigando mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. O conflito entre Israel e o Hezbollah já deixou dezenas de mortos no território libanês.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva israelense, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.
No momento, as negociações por tréguas estão travadas tanto no Líbano, quanto na Faixa de Gaza.
Com informações da Reuters
*CNN