Terça-Feira, 07 de maio de 2024
Terça-Feira, 07 de maio de 2024
Oxana Malaya costumava ser deixada no frio, do lado de for de casa, no vilarejo de Nova Blahovishchenka (Ucrânia), pelos pais, alcoólatras. Abandonada a menina, de 3 anos, passou a "criada" por uma cadela e vivia com outros cães nas ruas.A menina passou a adotar comportamento canino: latia e rosnava frequentemente. Como membro da matailha, Oxana também passou a andar de quatro.
Nos cinco anos seguinte, no seu esforço para sobreviver, Oxana morou com Naida."Mamãe teve muitos filhos; não tínhamos camas suficientes. Então rastejei até uma cadela e comecei a morar com ela", explicou Oxana, agora com 40 anos, em reportagem no 60 Minutes Australia, programa da Nine Network.Malaya foi rapidamente abraçada pelos animais não domesticados do vilarejo. Ela interrompeu o aprendizado da fala e passou a se comunicar latindo e rosnando.
"Eu conversava com eles, eles latiam e eu repetia. Essa era a nossa forma de comunicação", declarou ela.A imitação do comportamento canino não se limitava aos sons e à forma não humana de se locomover. Oxana passou também a comer carne crua, vasculhar latas de lixo em busca de alimentos, tomar banho debaixo de torneiras (e se sacudir depois) e ficar se lambendo.
“Ela parecia mais um cachorro do que uma criança", disse Anna Chalaya, diretora da instituição de cuidados especiais onde Oxana reside agora. "Ela mostrava a língua quando via água e comia diretamente com a boca e não com as mãos", acrescentou ela.Depois de latir para um vizinho aos 9 anos, as autoridades ucranianas foram alertadas sobre a condição canina da criança. No entanto, os esforços para resgatar Malaya foram inicialmente frustrados pela gangue de cães que lutou ferozmente para protegê-la da polícia. Só quando os funcionários distraíram os cães com comida é que conseguiram retirar a menina do canil.
Foto: Reprodução
Mas extrair Oxana do que se tornou o seu habitat natural e reuni-la com a humanidade não reabilitou imediatamente a infeliz e solitária criança. Nem o contato com parentes durante sua reabilitação foi capaz de curar as suas feridas.
"Acho que ela nunca conseguirá ler ou fazer qualquer outra coisa que seja útil", disse a psicóloga infantil Lyn Fry sobre a ucraniana, que tem a capacidade mental de uma criança de 6 anos. "Se você não domina a linguagem por volta dos 5 anos, provavelmente não conseguirá aprender nada", emendou a especialista.
*R7