Sexta-Feira, 29 de novembro de 2024
Sexta-Feira, 29 de novembro de 2024
O homem que foi preso e confessou ter matado quatro pessoas e jogado os corpos em um poço em Arapiraca, no Agreste de Alagoas, é o escultor sergipano e atirador desportivo e caçador (CAC) Regivaldo da Silva Santana, conhecido como Giba. Em audiência de custódia neste sábado (20), a Justiça decidiu mantê-lo preso.
Natural de Porto da Folha, em Sergipe, o artista foi contratado para criar as imagens sacras para municípios alagoanos, como Nossa Senhora do Pilar, padroeira do Pilar, Nossa Senhora do Amparo, padroeira de Palmeira dos Índios, Nossa Senhora das Graças, instalada em Minador do Negrão, e Nossa Senhora da Conceição, que fica na entrada de Limoeiro de Anadia.
O poço em que os corpos foram achados nessa sexta-feira (19) fica na propriedade em que o escultor mantinha seu ateliê, na zona rural de Arapiraca. Segundo o Corpo de Bombeiros, o trabalho de retirada dos corpos do poço durou cinco horas.
As vítimas eram os irmãos Letícia da Silva Santos, 20 anos, e Lucas da Silva Santos, de 15 anos; Joselene de Souza Santos, 17 anos (companheira de Lucas) e Erick Juan de Lima Silva, 20 anos (companheiro de Letícia).
A mãe de Letícia e Lucas tinha procurado a Delegacia Regional de Arapiraca para registrar o desaparecimentos dos filhos e da nora Joselene. Eles estavam sumidos desde o dia 13 de abril.
Joseane Bezerra da Silva afirmou que os filhos, a nora e o outro jovem chamado Erick Juan faziam serviços de limpeza para o escultor.
"Sempre ele [Giba] mandava chamar eles para limpar a piscina, para comprar galinha para dar as cobras deles. Sempre. Sempre ele mandava chamar eles", disse a mãe das vítimas.
Giba disse à polícia que cometeu o crime no dia 13 de abril com a ajuda de um sobrinho e de outro homem. Os dois também são sergipanos e estão foragidos.
"Um sobrinho dele e um outro, que ainda vamos verificar o grau de relacionamento, disse o secretário de Segurança Flávio Saraiva.
Giba também afirmou à polícia que Lucas e Erick Juan furtaram um celular e um equipamento de trabalho da propriedade, e durante a caçada aos dois jovens, deu um tiro acidental, e depois decidiu executar os rapazes e as namoradas.
"Ele alega que efetuou um disparo acidental, e depois desse disparo acidental começou a execução de um por um. Segundo ele, houve uma certa reação por parte das vítimas. Ele e o sobrinho teriam executado os quatro indivíduos e após a execução, pegaram os corpos e lançaram na cacimba e cobriram com alguns artigos para tentar evitar, por exemplo, a propagação do mau cheiro", disse o delegado-geral Gustavo Xavier.
Na propriedade em que os corpos foram achados, a polícia apreendeu 10 armas e uma caminhonete. Também foram encontrados duas cobras, que eram criados pelo escultor.
*G1/AL