Sexta-Feira, 29 de novembro de 2024
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Presos em Sergipe neste sábado (20), os dois homens que participaram da chacina em Arapiraca foram apresentados na Delegacia-Geral da Polícia Civil de Alagoas e disseram que foram obrigados pelo escultor sergipano a ocultar os corpos de 4 pessoas assassinadas. Regivaldo da Silva Santana, o Giba, foi preso na sexta e confessou o crime.
Dois adolescentes e dois jovens foram assassinados pelo escultor, que também é atirador desportivo e caçador (CAC). Os corpos das vítimas foram encontrados dentro de um poço, que fica na propriedade de Giba. O Corpo de Bombeiros levou quase 5h para retirar os cadáveres de dentro da cacimba.
Uma equipe da Polícia Civil de Alagoas viajou nesse sábado para a cidade de Nossa Senhora da Glória, no sertão sergipano, para prender a dupla. Um dos presos é sobrinho de Giba.
Durante depoimento à polícia, eles contaram que foram obrigados pelo escultor a ocultar os cadáveres das vítimas. Eles disseram que estavam na propriedade quando ouviram uma discussão. Segundo eles, as vítimas foram assassinadas com tiros na cabeça.
"É uma versão bastante contraditória. O Giba disse que executou as quatro vítimas por causa de um furto que aconteceu dentro da propriedade, mas esses indivíduos afirmaram que o crime aconteceu e que eles ouviram uma discussão entre o Giba, que estaria embriagado. Familiares falaram que ele tem uma personalidade difícil, citando ele como sendo um psicopata", disse o delegado-geral Gustavo Xavier.
O crime aconteceu no dia 13 de abril. Ao ser preso, Giba disse que Lucas e Erick furtaram um celular e um equipamento de trabalho da propriedade, e durante a caçada aos dois jovens, deu um tiro acidental, e depois decidiu executar os rapazes e as namoradas.
Letícia e Lucas eram irmãos. A mãe deles procurou a Delegacia Regional de Arapiraca para registrar o desaparecimentos dos filhos e da nora Joselene. Segundo ela, os jovens faziam serviços de limpeza para o escultor.
Os corpos dos irmãos já foi identificado pelo Polícia Científica neste sábado e liberado para sepultamento. Segundo a perita responsável pelo exame, tatuagens e um aparelho ortodôntico ajudaram na identificação dos dois.
*G1/AL