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Sexta-Feira, 01 de novembro de 2024

Polícia

SSP reforça atendimento especializado para mulheres vítimas de violência em AL

SSP reforça atendimento especializado para mulheres vítimas de violência em AL

(Imagem: Assessoria)

As forças de segurança pública de Alagoas não têm medido esforços para ajudar no enfrentamento à violência contra a mulher e também têm auxiliado às vítimas de diversas formas. Na terceira  reportagem especial alusiva ao Dia Internacional da Mulher, comemorado na última quarta-feira, 8 de março, confira informações sobre o trabalho de assistência às vítimas desenvolvido por forças de segurança do estado.

Denunciar um caso de violência no território alagoano ficou ainda mais fácil com a implantação do aplicativo Salve Maria, que chegou ao estado através de um acordo de cooperação técnica entre o Governo do Estado do Piauí e a Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos de Alagoas, que fez parceria com a Secretaria da Segurança Pública para a implantação da plataforma.

A SSP realizou os procedimentos técnicos para garantir o funcionamento do aplicativo, junto aos serviços das Polícias Militar e Civil. O aplicativo é um dos canais de combate à violência contra a mulher e tem prioridade no atendimento. Qualquer alagoana que se sentir ameaçada ou estiver em situação de perigo pode buscar o auxílio das forças policiais através app, que está disponível para download no Google Play e na Apple Store.

Assim que a ocorrência entra no sistema do aplicativo através da opção “botão do pânico”, ela é recebida pelos atendentes da Central 190, que direcionam para a mesa do operador responsável pelo patrulhamento da área onde o fato está sendo registrado. De imediato, as guarnições que estão nas proximidades são acionadas com atendimento prioritário. Essa preferência ocorre também quando o fato é noticiado através do próprio 190.

Cuidado através do Disque Denúncia

O canal do Disque-denúncia, o 181, também tem recebido informações sobre casos de violência contra a mulher. Em julho do ano passado, a equipe fez parceria para passar a receber informações deste tipo de ocorrências e encaminhá-las à Patrulha Maria da Penha. No total, já foram catalogadas 238 denúncias deste tipo de crime. De acordo com a coordenadora do serviço de atendimento, Eliane Araújo, elas também são tratadas com prioridade e as equipes são enviadas a campo rapidamente. “O nosso maior objetivo é preservar a vida das vítimas e sabemos que lutamos contra o tempo, por isso é primordial que atuemos da forma mais rápida e eficiente possível”, afirmou ela.

Atendimento humanizado 

Além do 181 e do 190, a SSP também contribui com o atendimento humanizado das vítimas, em especial àquelas que sofreram violência sexual. O Corpo de Bombeiros Militar, por exemplo, criou um procedimento operacional padrão de assistência nas ocorrências, desde o recebimento da informação até o encaminhamento à unidade de saúde, caso seja necessário.

Os militares realizam o atendimento pré-hospitalar e já orientam às vítimas para preservar as possíveis provas de crime e como proceder junto às autoridades policiais. Os bombeiros também dão suporte emocional e atencioso. Além desses serviços e das Salas Lilás instaladas nos Cisps, delegacias e no Instituto Médico Legal de Maceió, a SSP também implantou postos avançados no Hospital da Mulher, na capital, e na Unidade de Emergência do Agreste, localizada em Arapiraca, para o acolhimento necessário às vítimas de violência doméstica e sexual.

A implantação foi realizada pela Polícia Científica numa parceria com a Rede de Assistência às Vítimas de Violência Sexual (Ravs). O espaço oferece às vítimas acompanhamento de psicólogos, assistentes sociais, e ginecologistas, além de contar com peritos e técnicas forenses para realização de exames com equipamentos de última geração e que podem comprovar crimes de abuso sexual. No local, a Polícia Civil também disponibiliza atendimento para registro de Boletim de Ocorrência.

Os Laboratórios de Genética e Química do Instituto de Criminalística da Polícia Civil também têm exercido um importante trabalho no combate aos crimes contra mulheres em Alagoas. As unidades realizam exames de confronto de DNA em amostras de material genético coletados nas vítimas com o de suspeitos e do banco de perfil genético, como também exames toxicológicos para identificação de medicamentos, ou qualquer outro tipo de entorpecentes que por ventura tenham sido utilizados para facilitar o ato criminoso voltado à violência sexual.

“A violência contra a mulher é uma das principais barreiras que a sociedade vai ter que ultrapassar para se dizer minimamente digna e pacífica. A responsabilização dos agressores é o caminho para eliminar essa chaga social e a Polícia Científica tem papel fundamental nisso,” afirmou o perito-geral Manoel Melo Filho.

*Redação com Assessoria