Terça-Feira, 26 de novembro de 2024
Terça-Feira, 26 de novembro de 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a repudiar nesta segunda-feira (15) o atentado contra o ex-presidente e pré-candidato à presidência dos Estados Unidos Donald Trump, em um comício na noite do último sábado (13) na Pensilvânia.
Trump foi atingido na orelha por um dos tiros – imagens mostram ele deixando o palco com o rosto ensanguentado. Um espectador do comício morreu, e o autor dos disparos foi morto pelo Serviço Secreto.
Lula, que já tinha publicado mensagem em uma rede social, voltou ao tema ao ser questionado por jornalistas na sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília – onde recebeu o presidente da Itália, Sergio Mattarella, em reunião oficial.
"Eu acho que a gente não pode ter dúvida de condenar qualquer manifestação antidemocrática em qualquer lugar do mundo. Seja pela direita, seja pela esquerda. Ninguém tem o direito de atirar numa pessoa porque não concorda com ele", disse.
Questionado, Lula disse não saber avaliar se o atentado favorece candidaturas e líderes de extrema-direita, como o próprio Trump e o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
"Não sei se vai fortalecer alguém, isso empobrece a democracia. Ao invés de a gente ficar analisando se alguém ganha ou perde com isso, temos que ter certeza que a democracia perde. Os valores do diálogo, do argumento, de sentar em uma mesa da forma mais diplomática para encontrar soluções para os problemas", respondeu.
"Vão indo para o ralo. Se tudo vai se encontrar na base da bordoada, na base da violência, na base do murro, na base do tiro, na base da faca. Para onde vai a democracia? E como eu sou um defensor da democracia, acho que nós temos que condenar", concluiu, antes de seguir para o almoço.
Ainda no sábado, poucas horas após o atentado nos EUA, Lula usou uma rede social para divulgar nota de repúdio à ação.
"O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável", escreveu em um post no X.
Donald Trump um atentado a tiros enquanto discursava em um comício na cidade de Butler, na Pensilvânia. Trump foi atingido na orelha.
O atirador foi identificado pelo FBI como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos. Ele foi morto pela equipe que fazia a segurança do canidato e ex-presidente. O sistema de votação eleitoral da Pensilvânia aponta que Crooks estava registrado como "republicano".
Um apoiador de Trump foi atingido pelos tiros e morreu, e outras duas pessoas ficaram feridas.
Investigadores ainda buscam a motivação para a tentativa de assassinato.
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