Quarta-Feira, 22 de janeiro de 2025
Quarta-Feira, 22 de janeiro de 2025
Lideranças do PL ainda tentarão demover o senador Marcos Pontes (PL-SP) de lançar candidatura independente à presidência da Casa. Nos próximos dias, colegas do Senado deverão argumentar com Pontes que a manutenção dele na disputa pela sucessão do atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), terá pouco impacto para o partido, mas poderá ser prejudicial politicamente para ele.
A eleição ocorrerá no dia 1º de fevereiro.
À CNN, Marcos Pontes, porém, disse que sua candidatura ao comando do Senado está mantida mesmo após a cobrança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que ela não prejudicará o partido. O PL declarou apoio ao senador Davi Alcolumbre (União-AP).
Em uma live no portal AuriVerde Brasil, Bolsonaro disse que foi o responsável pela eleição de Pontes. “Esse é meu pagamento?”, questionou o ex-presidente.
“A candidatura está mantida. O Bolsonaro é um amigo meu, a gente está aí na luta pelas mesmas coisas e o PL com a minha candidatura não tem nada a perder. Não atrapalha nem um pouco e ajuda”, argumentou Pontes.
Senadores afirmam que, de fato, a candidatura de Pontes não será prejudicial ao PL, mas lamentam a dissidência diante do acordo feito para evitar que o partido não ficasse sem espaço na mesa diretora, sem o comando em comissões permanentes importantes e fora da relatoria de projetos relevantes para a direita.
Líder do PL no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ) disse à CNN que a repercussão não tem sido boa para Marcos Pontes e que ainda pretende conversar com ele na próxima semana.
“Para o partido é lamentável e irrelevante. A repercussão é sobre ele próprio e com ele me preocupo. É um bom senador e alinhado com nossos valores de direita. Mas não há voo solo nesse caso. É matemática. E de contagem de votos todos entendem. Ele principalmente pela sua formação”, disse.
Já Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado e secretário-geral do PL, também afirmou à CNN que vai dialogar com Marcos Pontes.
Em 2023, Marinho foi candidato do partido ao Senado. Derrotado, o PL ficou sem espaços.
“Respeitamos a autonomia do senador Marcos Pontes, mas é uma candidatura que não nos ajuda neste momento. Está fadada ao insucesso. Os partidos PP e Republicanos, que nos apoiaram em 2023, já estavam fechados com Alcolumbre”, disse.
Marcos Pontes, porém, diz que manterá sua candidatura em respeito aos votos que recebeu e em defesa da pautas caras à direita como anistia aos invasores da sede dos Três Poderes, contra drogas e aborto.
*CNN/Blog da Jussara Soares