Quinta-Feira, 25 de dezembro de 2025
Quinta-Feira, 25 de dezembro de 2025
Pesquisa aponta que brasileiros adotam cada vez mais uma rotina híbrida, com compras online e em lojas físicas
Em um ambiente de grande oferta, a confiança se torna decisiva (Imagem: Bruno Peres/Agência Brasil/Arquivo)
Uma pesquisa mostra que mais de cinco em cada dez consumidores afirmam que produtos virais aumentam a intenção de compra. Além disso, 64% das pessoas acompanham novidades por meio do feed das redes sociais.
Os dados indicam que os brasileiros transitam naturalmente entre diferentes canais, físicos e digitais, ao longo da jornada de compra, priorizando conveniência, rapidez e uma experiência integrada.
O levantamento foi realizado pela Wake, empresa de soluções digitais para o varejo, em parceria com a Opinion Box, e ouviu mil pessoas de todas as regiões do país.
O estudo aponta ainda que 74,4% dos consumidores compram pela internet com frequência e que 61,6% utilizam mais de um canal antes de finalizar a compra.
A primeira interação com uma marca ocorre, majoritariamente, no ambiente digital: 52,4% começam pelo e-commerce, enquanto 23,1% iniciam pela loja física, que tem papel secundário no impacto final da decisão.
Segundo o vice-presidente da Wake, Alessandro Gil, esse comportamento revela uma mudança no perfil do consumidor brasileiro, que passa a valorizar a “fluidez” na experiência de compra.
“Para as marcas, isso significa que a arquitetura tecnológica é tão importante quanto preço e produto. Sem integração entre estoques, atendimento e mídia, não existe competitividade possível em 2025”, afirma.
Desejo e impulso
Nas redes sociais, o consumo é fortemente guiado pelo desejo e pelo impulso. Na categoria de moda e acessórios, 47,4% dos consumidores afirmam adquirir produtos motivados por esse comportamento. Em seguida aparecem beleza e skincare, com 39,3%, e itens de decoração criativa, com 33,7%.
Novos produtos
A descoberta de novos produtos migrou para o ambiente digital e segue uma ordem bem definida: redes sociais lideram, com 63,9%, seguidas pelos buscadores, com 62,6%. Na terceira posição estão os marketplaces, com 44,5%, enquanto as lojas físicas aparecem por último, com 24%.
“O consumidor pode conhecer a marca no TikTok, comparar no Google e finalizar no site, mas só completa a jornada quando percebe coerência, segurança e clareza entre os canais. A experiência virou um mosaico, e apenas marcas com tecnologia integrada conseguem acompanhar esse ritmo. Hoje, a experiência é o novo filtro de confiança”, reforça Gil.
Na conclusão do estudo, a análise aponta que a jornada híbrida já é dominante no Brasil. O consumidor descobre no digital, experimenta no físico, compara no celular e compra onde houver mais conveniência.
“Redes sociais e buscadores se consolidam como a nova vitrine do varejo, enquanto confiança e experiência integrada se tornam os principais diferenciais competitivos. Para as marcas, conectar canais, comunicar com clareza e garantir eficiência não é mais tendência, é obrigação”, destaca.
Transparência
A transparência também ganha relevância: 44,4% dos entrevistados consideram “muito importante” ter acesso ao estoque atualizado em tempo real.
No campo tecnológico, os consumidores buscam soluções práticas. Assistentes virtuais já foram utilizados por 38,4% dos participantes e, entre as funcionalidades mais desejadas, estão rastreamento em tempo real (55,4%), busca por imagem (48,5%) e provadores virtuais (47,9%).
Mesmo com o avanço tecnológico, a preferência é por ferramentas que complementem, e não substituam, o contato humano.
*R7/Brasília