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Terça-Feira, 30 de dezembro de 2025

Economia

Estatais federais têm rombo recorde de R$ 6,3 bilhões no acumulado do ano; saiba detalhes

Governo tem afirmado que crescimento desse déficit é explicado, em parte, pelo aumento dos investimentos feitos por essas empresas.

Estatais federais têm rombo recorde de R$ 6,3 bilhões no acumulado do ano; saiba detalhes

Correios, crise, entregas, encomendas (Imagem: Reprodução/TV Globo)

As estatais federais acumularam um déficit de R$ 6,3 bilhões de janeiro a novembro deste ano, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta terça-feira (30). Esse rombo é um recorde para o período.

A comparação começou em 2009, quando o cálculo mudou para desconsiderar grandes empresas federais como Petrobras e Eletrobras.

Elas saíram do indicador porque têm regras diferenciadas e se assemelham a empresas privadas de capital aberto.

O governo tem afirmado que o aumento desse déficit é explicado, em parte, pelo aumento dos investimentos feitos pelas empresas estatais federais.

No entanto, empresas como Correios, que está em crise, fizeram com que esse resultado das estatais no ano piorasse (leia mais abaixo).

No acumulado até novembro do ano passado, as estatais federais haviam registrado déficit de R$ 6 bilhões. No mesmo período de 2023, o saldo negativo foi de R$ 343 milhões.

Já em 2022 e 2021, por exemplo, o saldo foi superavitário em R$ 4,5 bilhões e R$ 3,2 bilhões, respectivamente.

Crise dos Correios

 

Nesta segunda-feira (29), o presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, afirmou que a companhia precisará de mais R$ 8 bilhões em 2026 para o enfrentamento da crise financeira.

Durante entrevista em que detalhou o plano de reestruturação dos Correios para os próximos anos, Rondon afirmou que a melhor forma de obtenção desses recursos está em análise e ainda será definida.

Segundo o presidente da companhia, a captação dos recursos poderá se dar por meio de aportes de verbas públicas do Tesouro Nacional ou através de um novo empréstimo.

Na semana passada, a empresa contratou um empréstimo de R$ 12 bilhões junto a instituições financeiras bancárias, para quitar dívidas e aliviar o caixa.

A ideia inicial da estatal era a tomada de um empréstimo de R$ 20 bilhões, que não foi autorizado pelo Tesouro Nacional em função da alta taxa de juros que havia sido proposta.

*G1