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Quarta-Feira, 01 de maio de 2024

Economia

Presentes para o Dia dos Namorados sobem mais que o dobro da inflação, aponta FGV-Ibre

Presentes para o Dia dos Namorados sobem mais que o dobro da inflação, aponta FGV-Ibre

(Imagem: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Apesar de a inflação ter mostrado sinais recentes de trégua, casais que pretendem comemorar o Dia dos Namorados devem encontrar preços mais altos este ano. De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), os produtos e serviços mais procurados para a data, comemorada na próxima segunda-feira (12/6), subiram em média 6,00% nos últimos 12 meses. O percentual é quase o dobro da inflação apurada para o mesmo período, que foi de 3,02%.

O levantamento levou em consideração uma cesta com 30 itens associados à data, composta por oito serviços e 22 produtos, medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S/FGV).

Considerando apenas os serviços, a inflação acumulada até maio foi de 5,89%. Os oito analisados subiram no período. A maior alta foi a dos preços da hospedagem em hotel ou motel (6,53%), seguida pelos avanços em restaurantes (6,27%), salão de beleza (6,19%) e cinema (5,73%). Teatro (4,36%), academia de ginástica (4,18%), serviços de streaming (3,94%) e show musical (2,44%) completam a lista.

De acordo com o pesquisador do FGV/Ibre Matheus Peçanha, que realizou o levantamento, a alta dos serviços ainda reflete a demanda mais aquecida após o fim das restrições da pandemia. "Do lado dos serviços, tem a questão da demanda. O ano de 2022 foi puxado por esse setor. Com a atividade econômica reaquecida, a pressão de preços vem junto", avaliou o economista.

Cesta do Dia dos Namorados

Já entre os 22 produtos que integram a cesta do Dia dos Namorados, a variação média dos preços foi de 6,07%. Houve alta em 18 bens e queda em quatro. Os maiores avanços vieram dos itens sabonete (21,68%), bombons e chocolates (12,9%), livros (10,31%), artigos de maquiagem (9,76%), produtos para barba (9,37%) e perfume (8,70%).

Do lado dos produtos, Peçanha destacou a alta de produtos de cosméticos e de higiene. “Apesar da tendência de desaceleração da inflação em 2023 por descompressão de custos, itens com mais valor agregado e mais etapas no processo industrial tendem a desacelerar com mais lentidão, como é o caso dos cosméticos”, disse.

*Correio Braziliense