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Quarta-Feira, 19 de fevereiro de 2025

Economia

Presidente Lula quer ampliar Auxílio Gás para melhorar a imagem do governo

Presidente Lula quer ampliar Auxílio Gás para melhorar a imagem do governo

(Imagem: Minervino Junior/CB/D.A Press)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aposta em programas de aporte para as classes mais pobres da população para tentar reverter a queda de popularidade. A grande marca que o governo pretende deixar neste ano é o programa Gás Para Todos, que está sendo tocado pessoalmente pelo chefe do Executivo, em conjunto com a equipe econômica. Atualmente, 5,5 milhões de famílias recebem o Auxílio Gás, um valor equivalente à metade do custo do botijão de 18kg, que é repassado aos beneficiados a cada dois meses.

No entanto, o governo pretende ampliar o número de beneficiários para 22 milhões de famílias nas próximas semanas. O projeto que cria o novo programa está sendo pensado para ser apresentado junto com outras medidas, como a isenção de Imposto de Renda de quem ganha até R$ 5 mil. O entrave, neste momento, é reservar recursos para fazer os pagamentos. As famílias devem receber um voucher que poderá ser trocado pelos botijões em depósitos e distribuidoras em todo o país. O governo tem em caixa, previstos no orçamento deste ano, R$ 600 milhões para esse tipo de benefício.

O valor é insuficiente para fazer os pagamentos para todo o público que o presidente deseja alcançar. A avaliação é de que o programa também deve gerar redução no valor do gás de cozinha para as demais classes, que não serão contempladas com o voucher, mas que perceberão a redução no custo do produto. Lula chegou a citar o benefício durante discurso em Macapá na semana passada. "Estamos discutindo um projeto, já está quase tudo pronto, para a gente entregar gás de graça para 22 milhões de famílias neste país. Porque para nós, o gás faz parte da cesta básica. O gás sai da Petrobras por R$ 36, a Petrobras entrega o gás para essas distribuidoras a R$ 36. Ele chega aqui por R$ 150. Não é possível", disse ele.

A queda na popularidade apontada pelo Instituto Datafolha fez com que as conversas se acelerassem. No governo, a avaliação é de que o programa deve ser ampliado, mesmo que seja ao longo do ano, com a destinação de novos recursos, mas que todas as famílias com dificuldade para comprar o gás devem ser atendidas. Lula mira em suas gestões anteriores e aposta que o sucesso de programas como o Luz Para Todos e o Fome Zero podem se repetir com as novas medidas.

A avaliação é de que, apesar da necessidade de cumprir o arcabouço fiscal, sem furar o teto, o Brasil hoje está em uma situação econômica e social completamente diferente da que ocorria há 20 anos e que medidas como o Auxílio Gás podem ter maior impacto, tendo em vista a redução no desemprego, a elevação da renda das famílias e a queda na quantidade de pessoas em extrema pobreza e em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar.

*Correio Braziliense