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Domingo, 22 de setembro de 2024

Economia

Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias diz que governo mantém posição de meta fiscal zero

Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias diz que governo mantém posição de meta fiscal zero

(Imagem: Elaine Menke/Câmara dos Deputados)

O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE), afirmou nesta quinta-feira (16), após reunião com a equipe econômica, que o governo mantém a meta fiscal zero. O parlamentar também descartou qualquer possibilidade de emenda ao relatório da medida.

“O governo manteve a posição dele de meta fiscal zero, tirou qualquer possibilidade de emenda ao relatório e qualquer mensagem modificativa em relação ao que está sendo decidido e a preservação do arcabouço fiscal. O importante disso é que dá equilíbrio na tomada de posição e a garantia de que vamos trabalhar agora para concluir a votação do orçamento para dar ao país um orçamento factível em 2024”, disse Forte.

O parlamentar se reuniu com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), além do senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto, em Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não participou do encontro. Os deputados e senadores podem apresentar emendas até esta sexta-feira (17), e o relator busca postergar a apresentação do relatório até a segunda-feira (20) ou a terça-feira (21).

Mais cedo, Haddad disse que é preciso fazer um “esforço concentrado” para a aprovação de medidas econômicas até o fim deste ano no Congresso Nacional. De acordo com o titular, a medida vai possibilitar um “conforto” para o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “A gente precisa aprovar as medidas fiscais que estão no Congresso. Tem muita coisa para votar no Senado: bet e fundo fechado e offshore. Na Câmara, tem que terminar a reforma tributária e tem os dois projetos que estão para ser votados, que é o nº 1.185, a MP das subvenções, e nós estamos tentando um acordo ainda com JCP [juros sobre capital próprio]. Então são cinco medidas importantes para dar conforto para o relator da LDO, porque tudo isso está no Orçamento”, disse Haddad.

“A gente precisa fazer um esforço de final de ano. Já passaram na Câmara dois projetos importantes, mais a reforma tributária que passou no Senado. Nós temos que fazer um esforço concentrado para a gente seguir nessa perspectiva”, completou.

O tema da reunião é justamente a LDO, que baliza a Lei Orçamentária Anual (LOA), que é o Orçamento da União. No início deste mês, a Comissão Mista de Orçamento do Congresso aprovou o relatório preliminar da LDO de 2024. O texto foi aceito por votação simbólica e ainda pode sofrer alteração. O projeto prevê metas e prioridades do governo federal, despesas de capital para o ano seguinte, alterações na legislação tributária e a política de aplicação nas agências financeiras de fomento.

A meta do déficit zero, que continua com indefinição, também deve entrar nas discussões da reunião. A equipe econômica defende a meta zero, assim como foi enviado no texto da LDO. Porém, no fim do mês passado, Lula afirmou que a meta fiscal do país “dificilmente” será zero em 2024 e que não há interesse em “cortar investimentos prioritários”.

"Tudo o que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal a gente vai cumprir. O que eu posso dizer é que não precisa ser zero, o país não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para este país", disse Lula na ocasião.

Segundo o novo marco fiscal aprovado pelo Congresso neste ano, a meta pode variar de acordo com uma margem de tolerância. Para que o governo a cumpra, o resultado pode ser 0,25% inferior ou 0,25% superior ao valor definido inicialmente.

*R7