Latino diz que está quitando dívidas de mais de R$ 1,5 milhão aos poucos

Em papo com gshow, Latino não confirmou o valor atual de quanto está devendo, mas afirmou que já fez uma negociação e está quitando os débitos em seu nome.

Entretanto, justificou a dificuldade em fazer os pagamentos após ficar sem fazer shows, no período da pandemia, e ainda pagar pensão alimentícia para grande parte dos filhos dos 10 filhos que tem - alguns já são maior de idade e não recebem mais o direito.

"Quem não deve impostos? Tenho um acordo e estou pagando, como todo brasileiro. São impostos que vieram lá de trás e juntaram com a pandemia. Ou pago minhas pensões, ajudo quem tenho que ajudar, ou fico pagando [impostos]. Freio uma coisa ou freio outra. A mídia aproveita muito isso", disse Latino, que completou:

"Quero que você me cate uma pessoa que não tem um acordo judicial, um tipo de acordo tributário, isso faz parte do brasileiro. Quem não tem dívida, não ganha dinheiro, quanto mais você ganha, mais você adquire dívidas, faz parte do DNA do brasileiro. Não é nenhum bicho de sete cabeças, tenho processo como uma empresa, sou uma empresa."

Ainda sobre sua vida financeira, um dos planos que adiou por agora por causa das dívidas é a festa de casamento com Raffa Rarbbie. Eles já são casados no papel e moram juntos, mas querem fazer uma cerimônia e celebrar a união.

"Somos casados no papel, mas não fizemos a festa por alguns motivos. Íamos fazer, mas veio a pandemia, fiquei dois anos parado, com 10 filhos nas costas, não dá. Fazia a festa ou cuidava deles e da equipe que estava embaixo do meu guarda-chuva, deixamos para um próximo plano".

O cantor ainda detalhou como conheceu a advogada e influenciadora de 26 anos. Ele ainda falou se já sofreu etarismo por estar com uma mulher mais jovem:

"A Rafa tem a mente de 80 anos, eu que sou moleque, o desenfreado e falo as coisas sem pensar. [Etarismo] é um preconceito, uma crença limitante que as pessoas têm. Estou com ela por ser encantadora, nos conhecemos na igreja, a gente se identificou. Não perdemos muito tempo, quando estávamos no processo de nos conhecer. Veio a pandemia e fomos ser felizes, morar juntos."

Se hoje, os MCs do funk gostam de ostentar com cordão de ouro, carros de luxos e mansões, Latino já passou por essa fase no início de sua carreira, nos anos 90. Agora, ele prefere ser mais discreto.

"Na minha época, ganhávamos muito dinheiro: tinha carro bacana, casa linda, convidava uma emissora para ir à sua casa, eles entravam no closet, mostravam as joias e dava uma aparência de ostentação. Hoje, a moda é ser low-profile, mostrar menos e surpreender quem vai à sua casa, não ficar mostrando. Vivemos num país onde a maioria não tem condições, temos que ter empatia. Não ficar abertamente mostrando. Basta no meu coração eu saber que tenho aquilo, é uma visão mais madura", explicou.

Antes de ser cantor, Latino morou nos Estados Unidos e lá trabalhou como animador, garçom, dançarino e roadie do mágico David Copperfield. Ao voltar para o Brasil, investiu na carreira artística.

"Comecei como compositor, peguei uma referência do que é música-chiclete. Fui animador de festas nos Estados Unidos, trabalhava com mágica com David Copperfield, fiz cover de boyband do New Kids on the Block e fui pegando os macetes de palco. Quando voltei para o Brasil, comecei a fazer música. A gente deu muita sorte, Deus foi soberano. Tenho uma vertente artística diversificada: gosto de pianista clássico, sou fã de música latina, gravei disco de bachata, trouxe o reggaeton. Sei o que o povo quer ouvir e me entreguei para esses fãs. Fico feliz que tudo que canalizei no início fez sentido, provou que tive uma leitura boa", diz.

Sobre novos projetos, Latino revelou em primeira mão que tem uma parceira musical com Zé Felipe vindo por aí.

"Formalizei uma parceria com o Zé Felipe, vamos fazer uma música juntos, ele ficou feliz de eu ter liberado uma obra para gravar comigo. Será uma releitura."