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Quinta-Feira, 28 de novembro de 2024

Esportes

Gangorra do Brasil: veja esportes acima e abaixo da meta

Gangorra do Brasil: veja esportes acima e abaixo da meta

(Imagem: GE)

O Brasil encerrou a participação nas Olimpíadas de Paris com três ouros, sete pratas e dez bronzes, totalizando 20 medalhas. O resultado é um pouco abaixo da projeção do blog (22 medalhas, cinco delas de ouro). Alguns esportes conseguiram desempenho acima do esperado, como judô e taekwondo, outros fizeram o papel, casos de vôlei, surfe e skate. E alguns ficaram abaixo da meta, sendo o boxe o principal exemplo.

Judô - O destaque

Esporte que mais medalhas trouxe para o Brasil em Olimpíadas, o judô conseguiu a melhor campanha da história: um ouro (Beatriz Souza), uma prata (Willian Lima) e dois bronzes (equipe mista e Larissa Pimenta). São 11 edições seguidas colocando atletas no pódio. No quadro da modalidade, foi o quarto país com mais pódios (atrás de Japão, França e Coreia do Sul). Resultado bem melhor do que em Tóquio, quando levou dois bronzes. Vale ressaltar que, além das quatro medalhas, Rafaela Silva e Rafael Macedo ficaram muito perto do pódio (perderam na disputa do bronze).

ÚLTIMAS PARTICIPAÇÕES DO JUDÔ

Ano Ouro Prata Bronze Total
2024 1 1 2 4
2021 0 0 2 2
2016 1 0 2 3
2012 1 0 2 3
2008 0 0 3 3
2004 0 0 2 2

Ginástica - Recorde nas mãos de Rebeca

A ginástica artística conseguiu a melhor campanha da história, com uma medalha de ouro (Rebeca Andrade no solo), duas de prata (Rebeca no salto e no individual geral) e um bronze por equipes. Claro que o recorde de medalhas veio pelas mãos de Rebeca, mas há de se destacar a final individual geral de Flavia Saraiva e a final de trave de Julia Soares. No masculino, a equipe ficou fora pela primeira vez desde 2012, e Diogo Soares foi finalista no individual geral. Menor número de finais da ginástica masculina desde 2004.

GINÁSTICA ARTÍSTICA

Ano ouro prata bronze total
2024 1 2 1 4
2021 1 1 0 2
2016 0 2 1 3
2012 1 0 0 1
2008 0 0 0 0

Futebol histórico

Poucos apostavam em uma medalha da seleção brasileira feminina de futebol. A equipe, porém, foi finalista e terminou com a prata. O futebol se mantém no pódio pela sexta Olimpíada seguida, mas as mulheres não ficavam entre as três primeiras desde 2008. Um dos pontos positivos da delegação nessa edição das Olimpíadas.

Vôlei faz dever de casa

Depois de uma edição olímpica sem ir ao pódio, o vôlei de praia voltou a ser medalhista em grande estilo: Ana Patrícia e Duda conquistaram o ouro. As outras duplas foram eliminadas antes das semifinais. Na quadra, a seleção feminina conquistou o bronze e manteve a modalidade no pódio. A última vez sem medalha do vôlei foi em 1988.

Radicais seguem em alta

Skate e surfe, esportes que começaram a fazer parte do programa olímpico em Tóquio, mantiveram o Brasil no pódio. Foram quatro medalhas: uma de prata (Tatiana Weston Webb) e três bronzes (Rayssa Leal, Gabriel Medina e Augusto Akio). Ficou uma sensação de que faltou o ouro, mas essas duas modalidades já se estabeleceram como muito importantes para o quadro brasileiro.

SURFE E SKATE

Ano ouro Prata Bronze Total
2021 1 3 0 4
2024 0 1 3 4

Atletismo e canoagem se mantêm

Atletismo e canoagem velocidade foram ao pódio pela terceira vez seguida e confirmaram o status de favoritos de três atletas. Eram esperadas as medalhas de Alison dos Santos (400m com barreiras), Isaquias Queiroz (C1 1000m) e Caio Bonfim (marcha atlética). A questão é que, nesses esportes que distribuem tantas medalhas, as chances do Brasil são poucas. Na canoagem, o Brasil só teve uma outra final (C2 500m), enquanto no atletismo só a marcha por equipes ficou entre os oito primeiros. Almir Cunha (salto triplo), Valdileia Martins (salto em altura) e Luiz Maurício (lançamento do dardo) foram finalistas, mas fora do top 8.

Taekwondo volta

O taekwondo é o esporte "ioiô" do Brasil. Conquistou uma medalha em 2008, ficou fora do pódio em 2012, voltou em 2016, saiu em 2021 e agora levou o bronze com Edival Pontes na categoria até 68kg. O Brasil tinha quatro chances, mas nenhum favorito ao pódio. Além de Edival, vale destacar que Maria Clara e Henrique Marques chegaram até as quartas de final.

Boxe cai, mas vai ao pódio

O boxe foi o esporte que mais conquistou medalhas para o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio, com três pódios. Chegou aos Jogos de Paris cotado para igualar o número, mas saiu com apenas um bronze. Além da medalha de Beatriz Ferreira, a segunda da carreira, Keno Marley e Jucielen Romeu, que estavam entre os favoritos, perderam nas quartas de final, assim como Vanderlei Pereira.

Vela e natação somem do mapa

A vela ficou fora do pódio pela primeira vez desde 1992, e a natação, somando piscina e águas abertas, não saía sem medalhas desde 2004. Pior do que sair sem medalhas, essas duas modalidades pouco conseguiram brigar entre os primeiros. Na natação, Ana Marcela (4ª) e Guilherme Costa (5º) foram os únicos que disputaram diretamente o pódio. Na vela, o melhor resultado foi o sétimo lugar de Bruno Lobo. A natação teve o menor número de finais (quatro) desde 2000.

Os melhores resultados da história

 

Algumas modalidades não conseguiram medalhas, mas trouxeram os melhores resultados de todos os tempos. São feitos importantes, apesar de ficar com gosto amargo pela proximidade com o pódio. Casos da canoagem slalom, triatlo, tênis de mesa, ciclismo BMX freestyle, tiro com arco e ginástica de trampolim. Aqui vale menção honrosa o hipismo, ginástica rítmica e badminton, que conseguiram resultados relevantes. Stephan Barcha quinto no individual dos saltos (Rodrigo Pessoa foi campeão em 2004), Juliana Viana venceu um jogo no badminton (primeira vitória de uma mulher) e Barbara Domingos fez o primeiro top 10 da história do Brasil em um torneio individual da ginástica rítmica.

MELHORES RESULTADOS DA HISTÓRIA

Modalidade Resultado em Paris Antigo melhor resultado
Triatlo Miguel Hidalgo (10º) Sandra Soldan (11ª 2000)
Tênis de mesa Hugo Calderano(4º) Hugo Calderano(5º em 2021)
Tiro com arco Marcus D´Almeida e Ana Caetano (9º) Igualaram Marcus(2021) e Ane Marcele(2016)
Ginástica de trampolim Rayan Dutra (12º) Rafael Andrade (15º em 2016)
Canoagem slalom Ana Satila (4ª) Pepê Gonçalves (6º em 2016)
Ciclismo BMX free Gustavo Balaloka (6º) Brasil estreou

Handebol e basquete vão até as quartas

O basquete masculino voltou a disputar uma edição de Olimpíadas depois de ficar ausente em 2021, e conseguiu a vaga nas quartas de final, algo que não acontecia desde 2012. O handebol feminino passou para as quartas de final depois de ficar fora dessa fase na última edição.