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Esportes

Sob pressão, Vasco reencontra Vojvoda, primeiro sonho da SAF

Sob pressão, Vasco reencontra Vojvoda, primeiro sonho da SAF

(Imagem: Vinícius Palheta/Fortaleza)

Poucos dias depois do dramático acesso à Série A se confirmar, no fim do ano passado, o ambiente do futebol do Vasco, recém convertido em SAF e vendido à 777 Partners, se transformou. O telefone do diretor de futebol Paulo Bracks passou a tocar com mais frequência e empresários já sabiam que precisavam se movimentar para a série de mudanças que viria dali para a frente. Boa parte do elenco não permaneceria, nem mesmo o técnico Jorginho — apesar da gratidão pelo trabalho, assumido na reta final de um ano turbulento e que quase terminou em decepção. Hoje, o time se encontra pela primeira vez com o personagem de um dos grandes passos iniciais naquele momento: o técnico Juan Pablo Vojvoda, que comanda o Fortaleza contra o cruz-maltino no Castelão, às 16h.

Entre os nomes sondados, o argentino foi quem recebeu o convite mais formal para assumir o comando do novo projeto de futebol do Vasco. A posição de treinador sempre foi vista como prioridade, dada a projeção de montagem de um elenco jovem, praticamente novo — com Andrey, foram 16 contratações — em relação ao ano anterior e que inevitavelmente oscilaria na primeira temporada. Foi nessa mesma linha a escolha por Maurício Barbieri, que já tinha se provado com boas campanhas comandando um elenco com perfil parecido no Bragantino.

Barbieri tem perfil que agrada ao Vasco — Foto: Daniel RAMALHO/VASCO

Barbieri tem perfil que agrada ao Vasco — Foto: Daniel RAMALHO/VASCO

Vojovoda não aceitou. Naquela ocasião, o técnico estava valorizado por levar o Fortaleza à Libertadores por dois anos consecutivos — em 2022, numa arrancada que tirou o time da lanterna do Brasileiro — e chegou a ser procurado também pelo Atlético-MG, que acenou com proposta mais vantajosa financeiramente. Pesaram o carinho, o projeto e as promessas de investimento no Leão do Pici.

— Essa decisão foi principalmente por conta do projeto do clube. Eu falei muitas vezes que nos momentos bons tudo fica a favor, nos momentos ruins que vivemos no ano passado sentimos como comissão técnica e todo clube um apoio de toda a estrutura — explicou o treinador em entrevista ao ge, na época.

Paciência com Barbieri

 

Com as águas com o argentino passadas, o Vasco segue depositando confiança na escolha de Barbieri. Como já era de certa forma imaginado, o começo de Brasileiro não é bom — com apenas uma vitória em sete jogos e zona de rebaixamento. Mas há certa segurança na situação do técnico, cuja avaliação interna leva muito em consideração as claras lacunas no elenco, que devem ser preenchidas na janela de transferências de julho.

Nomes como Rodrigo, Barros, Galarza e até Andrey e Marlon Gomes, dupla que está na seleção brasileira sub-20, são considerados jovens em evolução num setor de meio-campo diagnosticado como primordial para as futuras contratações. A favor de Barbieri, pesa também o bom relacionamento com os atletas e o tempo discrepante de preparação entre alguns reforços que iniciaram o ano e outros que chegaram posteriormente e ainda não deslancharam.

Há cobrança por melhores resultados e desempenho — os dois gols sofridos no fim do jogo contra o São Paulo, na rodada passada, incomodaram. Externamente, a torcida também faz seu barulho, seja nas arquibancadas ou no protesto que um grupo de torcedores levou aos escritórios da SAF e ao CT Moacyr Barbosa. Mas uma possível troca de treinador, no momento, é algo pouquíssimo cogitado.

Hoje, Barbieri não comanda o time. Ele cumpre suspensão e o auxiliar Maldonado ficará à beira do gramado. Outro suspenso é o atacante Pedro Raul, cuja função no ataque deve ser cumprida por Figueiredo e Alex Teixeira, com Eguinaldo como opção. Com problema muscular, o zagueiro Robson Bambu está fora e deve dar lugar a Capasso.

*O Globo