Sexta-Feira, 24 de janeiro de 2025
Sexta-Feira, 24 de janeiro de 2025
As vítimas eram escolhidas, as mortes friamente calculadas e o autor usava o mesmo modus operandi para executá-las. Com provas oficiais apresentadas no laudo pericial da Polícia Científica e a conclusão do inquérito, não restam dúvidas para o Ministério Público de Alagoas (MPAL) de que o homem, apontado como “serial killer” de Maceió, é o autor dos disparos que levaram a óbito Tamara Vanessa dos Santos, e atingiram um casal, no dia 8 de junho de 2024, no bairro da Ponta Grossa. Dessa forma, entendendo o seu grau de periculosidade, por também ser a ele atribuído outros homicídios, o promotor de Justiça Antônio Vilas Boas ofertou denúncia em seu desfavor nessa quinta-feira (23).
Para o membro ministerial, a necessidade de manutenção da prisão preventiva é de extrema necessidade para impedir que o suspeito coloque mais planos em prática.
“Já foi constatado que o suspeito não tem a menor condição de viver em sociedade, de que lhe oferece riscos, vistas as ações criminosas, em sequência, comprovadamente a ele direcionadas. Nesse caso, especificamente, o Ministério Público oferta denúncia por sua participação em um homicídio e mais duas tentativas, mas poderíamos ter o registro de um triplo homicídio já que, de uma só vez, colocou como alvo três pessoas. O exame balístico provou que os projéteis que atingiram as vítimas eram compatíveis com a arma utilizada pelo denunciado, apreendida no momento da sua prisão”, ressalta o promotor Vilas Boas.
O homem se intitulava como justiceiro e para justificar as barbáries cometidas asseverou , durante as oitivas, que as escolhia para executar por não terem comportamentos decentes e ligação com o tráfico de drogas, o que foi totalmente descartado durante as investigações. Assombrosamente, ele
Qualificadoras
No documento é destacado que o denunciado agiu utilizando de recursos que impediram a defesa das vítimas, que o crime aconteceu com torpeza, pois havia o sentimento de cometê-lo com justiçamento no extermínio de pessoas, de preferência jovens que, na sua obsessão, colaboravam com a criminalidade ou seriam prostitutas.
Durante as investigações foi descoberto que o denunciado tinha repulsa a pessoas do sexo feminino, inclusive organizava pastas com nomes pejorativos para identificar os seus alvos, além de armazenar os números de contato das vítimas, todas mulheres.
Atualmente o denunciado se encontra recolhido no sistema prisional e, para o Ministério Público, diante da quantidade de crimes em série, notadamente dolosos contra a vida, sua liberdade pode ser considerada grande perigo havendo toda a possibilidade de perturbar a ordem pública.
*Dicom MPAL