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Sexta-Feira, 26 de julho de 2024

Justiça

'Não serei juíza de um mundo caduco', diz Cármen Lúcia sobre IA em eleições

'Não serei juíza de um mundo caduco', diz Cármen Lúcia sobre IA em eleições

(Imagem: Fred Magno/O Tempo/Estadão Conteúdo)

"Estamos trabalhando no mundo de hoje. Então, o que posso lhe dizer, à maneira de [Carlos] Drummond, que disse: 'Não serei o poeta de um mundo caduco', é que também eu não serei juíza de um mundo caduco". A fala é da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Foi ela a responsável pela aprovação de 12 resoluções nesta terça-feira (27), no TSE, que não só brecam o uso de inteligência artificial nas eleições, como marcam uma iniciativa de regulamentação das redes na disputa eleitoral.

"Trabalhei com afinco esses últimos quatro meses para isso", afirmou a ministra.
 

"A Constituição do Brasil garante a democracia e, expressamente, com a realização de eleições com lisura, segurança e transparência. Mudam-se os modos [novas tecnologias], garantem-se os princípios da democracia", completou.

As normas aprovadas ontem garantem, por exemplo, que as campanhas são obrigadas a sinalizar claramente ao eleitor o uso de inteligência artificial em suas peças e que é vedada a manipulação de falas que jamais foram ditas.

Mais: diante da inércia do Congresso Nacional, o TSE decidiu que os provedores e redes sociais são "solidariamente responsáveis civil e administrativamente" quando não removerem imediatamente conteúdos e conta que sabidamente atuem e preguem contra o Estado de Direito ou promovam grave ameaça e discurso de ódio.

*G1/Blog da Daniela Lima