Pescador captura raro (e bizarro) espécime de tubarão-duende; confira

O pescador russo Roman Fedortsov dedica a vida a buscar criaturas marinhas desconhecidas, que ele encontra em expedições no alto-mar. O descobridor já compartilhou com seus 653 mil seguidores no Instagram registros de animais bizarros, como um caranguejo com dentes e um ser vivo que lembra genitálias.

Desta vez, Fedortsov publicou a imagem de um tubarão-duende (Mitsukurina owstoni), que já acumula mais de 5,3 mil curtidas. A rara espécie foi apelidada de “fóssil vivo” por ter características aparentemente pré-históricas, apesar de ser uma criatura que ainda está entre nós.

Segundo o site britânico Mirror, esse animal é o único membro sobrevivente da família Mitsukurinidae, uma linhagem de tubarão que data de 125 milhões de anos atrás. Conforme o registro do pescador, que trabalha em uma traineira em Murmansk, no noroeste da Rússia, esse tubarão tem um focinho longo característico e dentes afiados, semelhantes a presas.

A espécie, da qual se conhece muito pouco, vive em plataformas continentais externas e montes submarinos, segundo o Museu da Flórida, nos Estados Unidos. Acredita-se que seja amplamente distribuída, tendo já sido vistos exemplares no Atlântico, no Pacífico Ocidental (nas águas do Japão, da Austrália, da Nova Zelândia) e no Oceano Índico.

Espécimes menores de tubarão-duende foram vistos perto da superfície em águas abertas. No entanto, a maioria dos exemplares foi observada perto de encostas continentais, a profundezas de 270 a 960 metros, sendo que o indivíduo registrado em local mais profundo estava a 1, 3 mil metros.

Tubarões-duende macho adultos já encontrados tinham de 2,64 a 3,8 metros de comprimento. Já as fêmeas medem um pouco mais: de 3,3 a 3,7 metros.

Esses predadores capturam suas presas ao projetar rapidamente sua mandíbula para a frente. Seus vasos sanguíneos são visíveis através da pele, fazendo com que tenham um tom branco rosado.

Os dentes do tubarão ficam em três fileiras anteriores em cada lado de ambas as mandíbulas. As dentições traseiras são menores e achatadas para esmagamento. Apesar dessa característica assustadora, não há motivos para se preocupar: o animal raramente entra em contato com humanos.

A espécie está na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) na categoria de “menor preocupação” de extinção. Sua carne é raramente consumida.

*GALILEU